Coração é acessado com apenas quatro furos pequenos no tórax.
Procedimento, feito no Hospital Albert Einstein, é inédito na América Latina.
O vigilante Alvacir Silveira tinha uma obstrução em uma das artérias coronárias e o sangue chegava com dificuldade ao coração. Por isso, precisou fazer uma ponte de safena. No caso de Silveira, os médicos retiraram uma artéria que fica atrás da mama e colocaram no coração. A grande diferença foi o modo de realização do procedimento.
Em uma cirurgia convencional, é preciso abrir o peito do paciente com um corte de cerca de 25 centímetros, serrar o osso do peito e abrir a membrana que envolve o coração. Na cirurgia robótica, o médico consegue acessar o coração sem abrir o peito do paciente, fazendo apenas quatro furos pequenos no tórax.
O médico fica sentado em um console, a um metro do paciente, de onde comanda com as mãos e com os pés os movimentos do robô. Um dos braços mecânicos segura uma microcâmera que é inserida no tórax e capta imagens em alta definição. Nos outros braços ficam os instrumentos.
Com o robô, o médico faz movimentos extremamente delicados e exatos, já que a mão robótica não treme. Com a técnica menos agressiva, o tempo de recuperação do paciente cai de 60 para apenas 10 dias.
“Ele já volta às atividades normais como dirigir e carregar peso. Você não tem a abertura do peito e essa é a grande vantagem da cirurgia. Você tem um paciente que evolui de uma forma muito mais positiva”, explica o cirurgião cardíaco Robinson Poff.
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