Safra da laranja está chegando ao fim no estado.
Produção da fruta é a maior dos últimos anos.
O desperdício na lavoura é estimado em 65 mil caixas, situação que reflete em uma indústria saturada. “Antecipou a safra do final do ano, então há excesso de laranja. O desperdício ocorre mais pela velocidade da indústria”, explica o agrônomo Arthur Castro.
Há 10 anos, os produtores não colhiam tanta laranja em Minas Gerais. A expectativa é terminar 2011 com 830 mil toneladas, mas tamanha produção não representa aumento de lucratividade.
“A safra de 2010 girou em torno de R$ 15 o preço da caixa. Este ano, o preço está em torno de R$ 10,50 colocada na indústria”, calcula o agricultor Armando Martensen.Outro problema enfrentado no campo é decorrente da seca prolongada no Triângulo Mineiro, onde estão quatro das cinco cidades maiores produtoras do estado. As laranjas ficaram cristalizadas e foram direto para indústria, reduzindo os lucros em até 50%.
Em São Paulo, Christian Lohbauer, presidente da CitrusBR, associação que representa a indústria de suco de laranja, falou sobre a dificuldade em absorver a safra.
“Este ano é de safra histórica e tem muita laranja. A indústria se comprometeu e assumiu o compromisso com o governo de comprar a maior quantidade possível. As fábricas estão trabalhando sete dias por semana, 24 horas por dia, mas não estão dando conta. Essa é uma questão também de capacidade instalada porque normalmente a fábrica é maior que a oferta, mas este ano o quadro inverteu. Não há o que fazer. Em todos os anos, no pico de safra, tem fila mesmo, esse ano a situação ficou um pouco pior porque tem muita laranja, com muita entrega ao mesmo tempo. Tem que ter paciência”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário