MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Empresários ignoram riscos e geram renda no próprio negócio no AM

 

Pesquisa aponta que no AM 30% das empresas não procuram orientação.
Entidade alerta que gerenciar empresa demanda tempo e conhecimentos.

Tiago Melo Do G1 AM
José Zamith (Foto: Arquivo pessoal)José Zamith é proprietario de empresa na área de
impressão fotográfica (Foto: Arquivo pessoal)
O Brasil é um país de empreendedores. A afirmação é de um estudo anual Global Entrepreunership Monitor (GEM), publicado em 2010. A pesquisa apontou que o Brasil registrou uma taxa de 11,3% de empreendedores iniciais, aqueles com negócios até 42 meses de funcionamento, e 10,1% de empreendedores estabelecidos, aqueles com negócios com mais de 42 meses.

De acordo com a pesquisa, um índice animador vem crescendo no Brasil: a razão entre empreendedores por oportunidade e empreendedores por necessidade.  Desde 2008, segundo a pesquisa, o país supera a razão de dois empreendedores por oportunidades para cada um por necessidade. No Amazonas, a percepção de oportunidades no mercado, assim como a necessidade, motivam as pessoas a montarem seus negócios próprios.

Para o empresário e fotógrafo amazonense, formado em tecnologia da informação, José Zamith, de 44 anos, as pessoas devem insistir mais em seus empreendimentos. “Devido às situações adversas, muitos empresários desistem de seus negócios antes mesmo dele completar o segundo ano. Abri minha empresa de impressão fotográfica há pouco mais de um ano. Logo no início foi bem difícil, trabalhava 24 horas por dia. Por isso creio que seja de extrema importância ter amor pelo o que você faz e não desistir”, disse Zamith.
Renato Bagre (Foto: Marcicley Reggo)Renato Bagre administra empresa no ramo de
publicidade (Foto: Marcicley Reggo)
Por outro lado, a pesquisa apontou ainda que no Amazonas, 30% dos empreendedores não procuram nenhum tipo de orientação para iniciarem seus negócios.
Um exemplo disso é o empreendedor manauara, de 40 anos, Renato Bagre, formado e pós-graduado em marketing. Ele ignorou riscos e não contou com apoio de órgãos especializados. Isso acabou dificultando o início do desafio. “Procurei apenas um núcleo de apoio ao pequeno empreendedor, e contratei um contador”, disse Bagre.

O publicitário afirma que o negócio está dando certo. Quando perguntado sobre suas motivações, Bagre diz que é movido pela vontade de sempre oferecer produtos diferenciados. “Há sete anos que administro minha empresa e o que me motiva a seguir em frente é o desejo de estar sempre me superando, de oferecer um serviço cada vez melhor e de trazer novidades para o ramo da publicidade”, concluiu.

Um outro caso em que o empreendedor assumiu riscos foi o do representante comercial Wellington Pond, de 52 anos. Ele criou uma microempresa de representação sem buscar apoio de instituições ligadas à negócios. O empresário acredita que a sorte e a vontade em empreender lhe garantiram o sucesso no negócios. "Isso, com certeza, foi um dificultador. É como atirar no escuro, porque você entra em um negócio, meio sem entender, realmente, como funciona o mercado. Tive sorte", disse.
Ainda segundo a pesquisa, a mulher brasileira é uma das que mais empreendem no mundo. No Brasil há um equilíbrio constante entre gêneros quanto ao empreendedorismo, 50,7% são homens e 49,3% são mulheres, ou seja, dos 21,1 milhões de empreendedores brasileiros, 10, 7 milhões são homens e 10,4 milhões são mulheres.
É o caso da empresária amazonense, de 34 anos, formada em contabilidade, Flávia Nôvo. Ela disse ter iniciado sua fornecedora de alimentos por vontade de fazer algo diferente. “Comecei a trabalhar desde cedo e não montei minha empresa por necessidade ou oportunidade. Montei por vontade de ser independente. Tinha medo de ficar estagnada na vida”, disse.

A graduação em contabilidade, segundo ela, foi um fator importante que auxiliou na abertura do negócio. “Devido a minha graduação em contabilidade, não tive dificuldades na área financeira. Meu maior desafio nos primeiros anos, e continua sendo até hoje, é o setor operacional. É difícil encontrar mão de obra qualificada aqui na cidade”, disse Flávia.
De acordo com o Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae/Amazonas), abrir e gerenciar uma empresa demanda tempo, dinheiro, dedicação, além de um conjunto de habilidades e conhecimentos. Conhecer a realidade do mercado e organizar cuidadosamente um plano de negócios é essencial para alcançar o sucesso. Fazer um levantamento de todos os fatores que podem influenciar na atuação da sua empresa no mercado, é um deles.

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