Média de ocorrências é de 40 casos; em outubro, foram registrados 62.
No Plano Piloto, ajuda pode levar até sete dias, diz Vigilância Ambiental.
A chegada do período de chuvas ao Distrito Federal provocou um aumento no número de registros de escorpiões em residências. Pelo menos 20 moradores do Plano Piloto encontraram escorpiões em casa no mês de novembro, de acordo com dados da Vigilância Ambiental do DF. A média mensal de atendimentos do órgão é de 40 residências. Em outubro, foram 62 – um aumento de mais de 50% em relação à média –, dos quais 33 nas asas Norte e Sul.
Escorpião que picou funcionário de supermercado de Brasília em agosto passado (Foto: Raquel Morais/G1)Os escorpiões mais comuns no DF são o amarelo, o amarelo de patas rajadas e o "pretinho". Uma picada pode provocar desde dor local até a morte, se houver demora no atendimento. Eles são especialmente perigosos para crianças, que, por serem menores, ficam com maior concentração de veneno no sangue, e para idosos, que têm o sistema imunológico mais frágil.
Por causa do aumento das ocorrências, a Vigilância tem tido dificuldade em responder a todos os chamados com rapidez. A orientação é para que os moradores somente isolem o escorpião, sem entrar em contato com o animal para tentar matá-lo e aguardem a visita de técnicos da vigilância. No Plano Piloto, no entanto, a ajuda pode demorar até sete dias.
“Ultimamente tem demorado mais do que a gente gostaria. Como são apenas duas mulheres para atender a Asa Norte, que às vezes precisam da ajuda de outro funcionário para levantar tampas de esgoto, a espera fica em torno de cinco, até sete dias”, disse a gerente de controle de vetores e animais peçonhentos da vigilância, Kênia Cristina de Oliveira.
Segundo Kênia, o tempo de espera varia de acordo com a região e é influenciado também pela captura de ratos e pombos, que é feito pelas mesmas equipes que cuidam dos escorpiões. Ela ressalta, porém, que o órgão já presta serviço no momento em que os moradores notificam a presença de escorpiões.
“Nosso atendimento começa pelo telefone, que é o momento que a gente tem oportunidade de dar orientações e evitar um acidente. Já é imediato”, afirmou Kênia.
Preocupada com a demora no atendimento presencial, uma síndica da Asa Norte, Avany de Mesquita, distribuiu folhetos aos condôminos com instruções sobre como evitar acidentes com escorpiões.
Ela disse que procurou a Vigilância na última terça (8) para informar que foram encontrados escorpiões em dois apartamentos do prédio no domingo (6) e na segunda (7), mas foi informada de que houve “centenas de chamadas de síndicos nos últimos dias”.
A síndica diz que toma os cuidados necessários e que não sabe o que mais pode fazer, já que não foi informado um prazo para inspeção. “Já entrei em contato com a Caesb pra dizer que o esgoto está infestado, dedetizo o prédio a cada quatro meses e mando limpar as caixas de gordura. Aqui está tudo limpo e não sei porque isso acontece”, disse.
Segundo ela, o mais preocupante é que a situação é considerada “normal” na região. “Saí apavorada e conversei com outros síndicos, mas todo mundo diz que é comum, que os escorpiões aparecem sempre”.
Recomendações
Segundo a Vigilância Ambiental, os escorpiões são animais de hábito noturno e por isso gostam de se esconder em locais escuros, como armários, sapatos e roupas, e no meio de entulhos. Comumente são encontrados no esgoto, porque se alimentam de baratas.
Na época da chuva, eles saem do ambiente em que vivem à procura de abrigo e alimento.
A Vigilância Ambiental recomenda que as pessoas mantenham ralos fechados, frestas, buracos e vãos vedados e que façam limpeza da caixa de esgoto e gordura com regularidade, para diminuir a incidência de escorpiões.
Escorpião que picou funcionário de supermercado de Brasília em agosto passado (Foto: Raquel Morais/G1)Por causa do aumento das ocorrências, a Vigilância tem tido dificuldade em responder a todos os chamados com rapidez. A orientação é para que os moradores somente isolem o escorpião, sem entrar em contato com o animal para tentar matá-lo e aguardem a visita de técnicos da vigilância. No Plano Piloto, no entanto, a ajuda pode demorar até sete dias.
“Ultimamente tem demorado mais do que a gente gostaria. Como são apenas duas mulheres para atender a Asa Norte, que às vezes precisam da ajuda de outro funcionário para levantar tampas de esgoto, a espera fica em torno de cinco, até sete dias”, disse a gerente de controle de vetores e animais peçonhentos da vigilância, Kênia Cristina de Oliveira.
Segundo Kênia, o tempo de espera varia de acordo com a região e é influenciado também pela captura de ratos e pombos, que é feito pelas mesmas equipes que cuidam dos escorpiões. Ela ressalta, porém, que o órgão já presta serviço no momento em que os moradores notificam a presença de escorpiões.
“Nosso atendimento começa pelo telefone, que é o momento que a gente tem oportunidade de dar orientações e evitar um acidente. Já é imediato”, afirmou Kênia.
Preocupada com a demora no atendimento presencial, uma síndica da Asa Norte, Avany de Mesquita, distribuiu folhetos aos condôminos com instruções sobre como evitar acidentes com escorpiões.
Ela disse que procurou a Vigilância na última terça (8) para informar que foram encontrados escorpiões em dois apartamentos do prédio no domingo (6) e na segunda (7), mas foi informada de que houve “centenas de chamadas de síndicos nos últimos dias”.
A síndica diz que toma os cuidados necessários e que não sabe o que mais pode fazer, já que não foi informado um prazo para inspeção. “Já entrei em contato com a Caesb pra dizer que o esgoto está infestado, dedetizo o prédio a cada quatro meses e mando limpar as caixas de gordura. Aqui está tudo limpo e não sei porque isso acontece”, disse.
Segundo ela, o mais preocupante é que a situação é considerada “normal” na região. “Saí apavorada e conversei com outros síndicos, mas todo mundo diz que é comum, que os escorpiões aparecem sempre”.
Recomendações
Segundo a Vigilância Ambiental, os escorpiões são animais de hábito noturno e por isso gostam de se esconder em locais escuros, como armários, sapatos e roupas, e no meio de entulhos. Comumente são encontrados no esgoto, porque se alimentam de baratas.
Na época da chuva, eles saem do ambiente em que vivem à procura de abrigo e alimento.
A Vigilância Ambiental recomenda que as pessoas mantenham ralos fechados, frestas, buracos e vãos vedados e que façam limpeza da caixa de esgoto e gordura com regularidade, para diminuir a incidência de escorpiões.
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