Área de cultivo do feijão das águas é reduzida em Minas Gerais

 

Os agricultores estão finalizando o plantio da primeira safra de feijão.
Feijão das águas tem este nome por causa do cultivo no período chuvoso.

Do Globo Rural

O agricultor Eliésio Rodrigues está começando o plantio do feijão da primeira safra em Lagoa Formosa, região do Alto Paranaíba. Para esta safra das águas, em relação à anterior, ele diminuiu a área de cultivo de 180 para 110 hectares, mas ainda assim, Eliézio tem esperança de que conseguirá uma boa colheita e lucros. “Não podemos manter o mesmo plantio do ano passado porque o risco está muito alto”, justifica.

A diminuição de área é uma tendência em Minas Gerais. De acordo com a CONAB, o feijão deve ocupar na primeira safra 176 mil hectares contra 192 mil plantados na safra passada. A queda é de quase 8,5%.

O agricultor Oliveiros Andrade, também de Lagoa Formosa, reservou para o feijão da primeira safra 150 hectares e até agora já semeou 80, que inclusive já germinaram. A dúvida agora é se ele vai plantar o restante da área. “A chuva não veio em quantidade suficiente e o feijão das águas é uma planta muito arriscada”, diz.
A boa notícia é em relação aos preços porque os produtores da região do Alto Paranaíba estão vendendo a saca de 60 quilos de feijão por R$ 125, alta de 55% em relação ao preço pago no início do mês.