Três pesquisas estão sendo realizadas no mundo para fazer a vacina.
Fiocruz e multinacional fazem parceria para desenvolver uma das versões.
“Agora estamos preparando as condições para no futuro testar essa vacina. Subsequentemente vamos fazer o teste na fase dois, que é para ver a eficácia, e ai a vacina tem que ser testada no local onde há incidência da doença para que seja demonstrada a eficácia dela. Em uma etapa posterior a vacina é testada no mundo todo, para verificar se ela funciona em qualquer indivíduo, com qualquer genética. Ela será testada na América, na Ásia, na África e na Europa, ai teremos certeza que a vacina funciona para todos", explica Galvão.
Segundo o pesquisador, as vacinas que estão sendo desenvolvidas vão precisar de no mínimo cinco anos para serem disponibilizadas para a população. A demora no desenvolvimento da vacina se deve à importância de que ela evite o contágio dos quatro sorotipos, variações da doença, ao mesmo tempo.
Prevenção
Enquanto a vacina não fica pronta, o especialista destaca a importância de alguns cuidados necessários para evitar o desenvolvimento do mosquito da dengue e a disseminação da doença. A diarista Sônia Santos dá bons exemplos.
“Deixo os vasos sem acumular água, pneus e garrafas virados para baixo, procuro fazer o máximo. Não consigo me ver livre da dengue porque infelizmente não sou só eu que tenho que fazer essas coisas... Tem a vizinhança, outras pessoas”, observa Sônia.
Elenilzo é líder comunitário no bairro de Calabetão de Baixo, na capital baiana. Ele está preocupado com a incidência da dengue no bairro e acredita que o maior foco do mosquito pode estar nas obras paradas do metrô. Há trechos com muitos buracos, que juntam água da chuva. Ele mostra a profundidade de um dos buracos, que tem um metro e oitenta de água parada.
“É muita água acumulada. Segundo o próprio supervisor da equipe que combate a dengue, há uma média de 30 mil litros para retirar. Já buscamos ajuda várias vezes e esperamos que a prefeitura venha aqui desobstruir ou tapar os buracos para que não fique acumulando água parada”, diz Elenilzo Almeida, líder comunitário.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o Centro de Controle de Zoonoses vistoria as obras do metrô de Salvador a cada 15 dias. A Secretaria informou ainda que na região do Calabetão deveria haver um canal para a água escoar e que a Sucom será acionada para resolver a situação.
Somente este ano já foram registrados na Bahia mais de 54 mil casos de dengue. Salvador, Feira de Santana, Guanambi e Itabuna são as cidades baianas que mais tiveram casos da doença.
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