Abate passará de 4,1 milhões para 8 milhões de cabeças, alta de 95%.
Setor frigorífico diz estar preparado para atender demanda.

(Foto: Reprodução/TV Morena)
Quem aponta é o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) a partir de dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea). O estudo é denominado “Caracterização da Bovinocultura de Corte de Mato Grosso". O raio-x identificou que no período os abates também devem crescer: 4,1 milhões para 8 milhões de animais, alta de 95% no período.
Conforme o estudo, a cada ano, projeta-se um crescimento para o rebanho bovino de 2%, devido à fatores de manejo e capacidade de suporte. O crescimento na taxa de abates feitos a cada 12 meses, também chamada de 'desfrute', é apontado como o indicador mais importante para a alta nos abates, segundo o Imea. O desfrute é de 17%, índice maior em relação à média nacional, que em 2009 foi de 14%.
"Hoje estamos com uma taxa de abate anual de 17%. É baixo, porque só nos Estados Unidos são 36%, mas lá abate-se muito mais", falou, ao G1, Otávio Celidônio, superintendente do Imea. O dirigente explica que o estado tem abertura para elevar o número de abates porque mesmo realizando o procedimento, a produção de animais no estado ainda não atingiu 50% da capacidade existente. "Temos uma capacidade anual de 11,6 milhões de animais. O máximo que atingimos, ainda em 2007, foi de 5,3 milhões de animais", declarou.

Frigoríficos
O vice-presidente do presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo), Paulo Bellincanta, diz que o setor está preparado para atender o crescimento no volume de abates. Ele explica que as unidades instaladas no estado dão suporte à demanda atual, embora algumas estejam sem operar. Dos 52 frigoríficos, 12 têm autorização para comercializarem carne dentro estado e outros 26 para unidades federativas vizinhas. "A indústria estará pronta para atender a demanda", salientou o sindicalista.
No entanto, Bellincanta afirmou que se houver a construção de novas plantas serão necessários estudos técnicos, exigências que não eram utilizadas pelo setor até o momento. "A atividade industrial cresceu sem definir os melhores pontos, próximos da matéria prima. O setor nunca foi técnico e não é disciplinado por nenhuma regra. Foi um desequilíbrio". Ele enfatizou que é necessário estudar onde está concentrado o rebanho e quais são as condições de atender as demandas nacionais.
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