Coordenados pela Embrapa, pescadores estudam alternativa sustentável.
Cerca de 1,2 mil exemplares de pacu são colocados em tanques-redes.
Em um dos braços do rio foram colocados oito tanques-redes que vão abrigar cerca de 1,2 mil peixes da espécie pacu, nativa da região. "O pacu é um peixe onívoro e tem uma exigência muito menor em termos de proteína. Consequentemente, a ração vai ser mais barata", diz o pesquisador da Embrapa, Flávio Lima Nascimento.
A pesquisa deve ser concluída em dois anos. A intenção é verificar a possibilidade de criação de peixe em cativeiro no ambiente pantaneiro. A produção atenderia o mercado consumidor, contribuindo para a manutenção do estoque pesqueiro no rio Paraguai.
Alunos de cursos técnicos de pesca e de aquicultura de um projeto do governo federal - em parceria com a prefeitura de Ladário - também participam da pesquisa. No rio eles terão as aulas práticas e vão acompanhar todas as etapas da pesquisa. "Eles vão fazer a biometria dos peixes, verificar problemas com doenças e até acompanhar a população, porque tem gente desavisada que começa a mexer nos tanques", diz o coordenador dos cursos técnicos José Márcio Soares Mendes.
Izolina Soares de Arruda é aluna do curso de aquicultura e pescadora profissional. Ela acredita que a pesquisa vai contribuir na sua formação técnica. "Vamos aprender muito mais na prática. Na teórica é só uma visão", conta.
Há um ano, o mesmo trabalho foi realizado pela Embrapa com a espécie cachara. Mais de 4,2 mil peixes foram criados nos tanques-redes instalados na região. De acordo com os pesquisadores, os resultados foram positivos e o balanço deverá ser divulgado quando todas as etapas forem concluídas
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