JORNAL A REGIÃO
A abordagem a Moreno em Cristo na Praça Camacan, no início da semana, reacendeu discussões sobre o uso de equipamentos de som em espaços públicos de Itabuna. O cantor gospel, que costuma pregar no local, afirmou ter sido "humilhado" por um fiscal da Prefeitura e acusou o município de "perseguição religiosa".
Tudo porque ele foi orientado, educadamente, a desligar a caixa de som que não tinha licença da Prefeitura. O o secretário de Segurança e Ordem Pública, Humberto Mattos, esteve no programa Conexão Morena, da Morena FM, e negou qualquer restrição à atividade religiosa. Ele explicou que o fiscal cumpria uma fiscalização rotineira.
“Não existe proibição de pregar. Quem quiser pode ir agora a qualquer lugar e pregar a palavra. A questão é a sonoridade”, afirmou. Segundo o secretário, a fiscalização tem respaldo no Alvará de Sonoridade, criado em 2022, que regulamenta o uso de caixas de som, tendas e outros equipamentos em vias públicas.
Humberto destacou que a cidade convive com “centenas de bares, eventos e atividades sonoras”, o que exige regras claras para garantir convivência entre quem promove atividades com som e quem precisa de tranquilidade. Ele afirmou que a abordagem ao cantor foi “legal e justa”.
“O fiscal agiu dentro do dever legal. Ele pediu apenas que o som fosse abaixado, de forma cordial”, disse. Humberto também revelou que já havia reclamações anteriores sobre o volume da caixa utilizada pelo pregador. Ele criticou o uso político do episódio e negou que haja qualquer postura de intolerância religiosa do governo municipal.
Ele citou diversas ações recentes da Prefeitura voltadas ao diálogo com diferentes comunidades de fé e classificou as acusações de perseguição como “distorções”. “Fico triste quando pessoas esclarecidas usam um fato desse para fazer palanque eleitoral. Recortaram só o final da fala de Moreno e espalharam nas redes”, pontuou.
Humberto também explicou por que o servidor envolvido deixou temporariamente a função de fiscalização de som, apesar de, segundo ele, não ter cometido qualquer irregularidade. A medida, disse, foi adotada para preservar a integridade emocional do profissional, que estaria abalado com a repercussão.
“Ele não está afastado das funções, apenas da atribuição naquele momento, para evitar mais desgaste. O servidor foi exposto e precisa ser preservado”, declarou. O secretário reforçou que o Município continuará fiscalizando atividades com som - de bares, igrejas, ambulantes e comércio - com base no diálogo e nos limites da lei.
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