JORNAL A REGIÃO
A Prefeitura de Ilhéus e a Embasa são rés na Justiça Federal por degradação do manguezal do Rio Cachoeira. Iniciado há 21 anos, o processo voltou a correr. A ação foi movida pelo Ibama em 2004. O órgão afirmou que 27 hectares da área vinham sendo usados para depósito de lixo e entulho.
O trecho fica às margens da BR-415, numa zona de preservação permanente. Na época, o Ibama embargou o local e apreendeu um caminhão da prefeitura. O município nega ter feito o aterro e atribui a intervenção à Embasa. Já a empresa afirma possuir licenciamento ambiental e nega responsabilidade.
A área alterada acompanhou o avanço do bairro Teotônio Vilela ao longo dos últimos 20 anos. A Justiça determinou que o município apresente, em até 90 dias, relatório das construções no manguezal e cronograma para remoção das famílias. A decisão é de outubro, mas só veio à tona nesta semana, em matéria do site Bnews.
O município afirma que adota medidas administrativas para conciliar preservação ambiental e proteção das famílias que vivem na área. Já a Embasa alega que suas obras são licenciadas e que o sistema de esgotamento da região está regularizado.
Nesta semana, a Câmara de Ilhéus começou a discutir mudanças na Lei de Ocupação e Uso do Solo. O Jornal das Sete, da rádio Morena FM, apurou que a área aterrada será incluída no debate.
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