MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 22 de setembro de 2024

E-books já apontam um novo mercado literário no Brasil

 

Os escritores Monique de Magalhães, Bianca Pontes e Emanoel Ferreira


Entre leitores em geral, a preferência pelo papel ainda é incontestável. Contudo, os e-books têm ganhado espaço e sinalizam um futuro de atuação mais abrangente para o mercado literário: já representam 8% do segmento, segundo a Pesquisa Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro, da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). Mas este não é um cenário pontual. Há cinco anos, desde que a pesquisa deu início à apuração, o avanço é contínuo, representando 158% de crescimento real.


Além dos investidores, os escritores também estão de olho nessa mudança de comportamento. A mineira Bianca Pontes, por exemplo, abriu mão de publicar com uma editora tradicional para se lançar no Kindle Direct Publish (KDP), a plataforma de autopublicação da Amazon, hoje referência global no comércio de e-books.


“Lancei meu romance de estreia na Amazon e, em poucos dias, já alcancei leitores de todo o país. Os filtros dentro do site facilitam que a obra seja encontrada por leitores que apreciam o gênero”, comenta a autora de Értom, romance insólito sobre uma mulher que prevê mortes.


A escritora Monique de Magalhães fez o mesmo e disponibilizou seus dois livros em formato e-book, na Amazon. Segundo ela, aproveitar o espaço de um mercado promissor, mas ainda pequeno, é uma grande oportunidade na divulgação da sua literatura.


“O mundo está em constante mudança, mas a maioria das pessoas nota apenas quando elas já estão consolidadas. Nessas circunstâncias, publicar Tempo de Isolamento, um livro construído a partir de registros diários no contexto perturbador da pandemia de Covid-19, foi um respiro de confiança no futuro promissor do qual todos duvidamos em um passado muito recente”, comenta Monique, que também é autora de Linha da Vida: A costura dos nós.


Gigantes têm investido pesado


Assim como Bianca Pontes e Monique de Magalhães, milhares de outros autores optaram por publicar suas obras em formato ebook, na Amazon. Isso não acontece por acaso, é claro: a gigante do varejo tem protagonizado esforços no fomento ao consumo da literatura por meios digitais. Para além de investir em um ecossistema de e-books, que vai da plataforma de autopublicação até a popularização do Kindle, seu consagrado dispositivo de leitura, a companhia ainda aposta no Audible, plataforma de audiobooks recém-chegada ao Brasil.


Outra empresa destacada no segmento é a Skeelo, muito popular entre ouvintes de audiobooks, que também comercializa e-books das maiores editoras do país.


Números do “Encha seu Kindle” reforçam potencial do setor


Com o apoio da Amazon, o “Encha seu Kindle” é um dia em que incontáveis e-books ficam disponíveis para download gratuitamente ou a preços simbólicos. Na edição deste ano, que aconteceu em 24 de agosto, o número de obras disponíveis superou a marca de 7 mil e-books.


Vencedor do Prêmio Geek de Literatura (Amazon) e do Prêmio Conceição Evaristo de Literatura Afrofuturista (Fundação Palmares & Ministério da Cultura), o escritor Emanoel Ferreira comenta sobre o sucesso de A Polícia Secreta para Crimes Mágicos durante o Encha Seu Kindle 2024.


“A versão e-book foi baixada por 15 mil novos leitores em apenas 24 horas. Um número, sem dúvida, extraordinário”, comemora o autor. “Claro, a chancela de um prêmio literário e as muitas avaliações positivas cadastradas na página de venda da Amazon ajudam bastante, mas não posso dizer que esperava tanto.”


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