Iniciativa global é resultado de uma parceria de organizações do Brasil, Peru, Colômbia e Alemanha
A
Cáritas Brasileira, em parceria com Cáritas Colômbia (SNPS), Cáritas
Peru, o Centro de Ação Social (CEAS) e Cáritas Alemanha, lançou o
programa Amazônia Bem Viver: Comunidades Resilientes.
O projeto, que será desenvolvido até 2026, visa contribuir para que as
comunidades indígenas e tradicionais nas regiões amazônicas da
Colômbia, Peru e Brasil protejam efetivamente seus territórios,
combatendo as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade.
Essa
ação conjunta, reflete como a Cáritas Brasileira entende a importância
de uma articulação em diferentes frentes para fortalecer a luta pela
proteção do território, por direitos e pela construção da sociedade do
Bem Viver. “Integrar comunidades , territórios, contextos, histórias,
pessoas , experiências e conhecimentos é base da nossa metodologia de
atuação. Por isso, o Programa Amazônia Bem Viver contribui com a
integração de saberes e conhecimentos, das histórias de resistências,
resiliências, lutas e superações. A vida no território precisa ser
considerada na incidência política e na implementação de políticas
públicas.”, explica Valquíria Lima, diretora-executiva nacional da
Cáritas Brasileira.
O
programa, que nos países de língua espanhola, leva o nome de Amazonia
Sostenible: Comunidades Resilientes, prevê conectar as problemáticas
locais com busca de soluções a nível regional, nacional e internacional,
como explica Laura Rupp, coordenadora internacional do programa pela
Cáritas Alemanha. “A ideia é levar casos de violação de direitos
comunitários a fóruns, organizações e instituições internacionais como a
COP, o Fórum Permanente das Nações Unidas sobre Questões Indígenas em
Nova Iorque ou a Corte Interamericana de Direitos Humanos para
influenciar decisões relevantes para a proteção das comunidades e do
ecossistema da Amazônia.”, disse. Laura também enfatiza que essa
abordagem busca “aproveitar e ecoar o conhecimento das populações do
território amazônico sobre o ecossistema da floresta tropical, bem como
de fortalecer suas capacidades em termos de governança comunitária e de
estruturas de auto-organização”.
No
Brasil, o programa terá foco em ações formativas junto às comunidades,
elaboração de documentos que refletem suas vivências e resistências, e o
fortalecimento de lideranças locais fortalecendo esses processos de
incidência regional, nacional e internacional. “O programa tem a
perspectiva de contribuir com os processos locais, fortalecendo as
comunidades em seus processos organizativos e formativos visando a
construção de políticas públicas e a preservação da Amazônia em todos os
níveis. ” explica Larissa Vieira, coordenadora nacional da iniciativa.
O
financiamento do programa vem do Ministério Federal de Cooperação e
Desenvolvimento Econômico do Governo Alemão (BMZ), o que reforça o
compromisso internacional em apoiar a preservação da Amazônia e a
garantia dos direitos das populações que lá vivem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário