A doença é considerada atípica quando é originada no próprio organismo do bovino
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Autoridades
brasileiras identificaram um caso de “vaca louca” atípica em um animal
com mais de 10 anos em Minas Gerais, afirmou o sócio-diretor da Scot
Consultoria, Alcides Torres.
Ele relatou que a suspeita foi
informada aos frigoríficos que atuam na região pelo Serviço de Inspeção
Federal (SIF). Como de praxe, o Ministério da Agricultura já coletou
amostras do animal, enviadas a um laboratório da Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE, em inglês) no Canadá para análises mais detalhadas,
segundo Torres.
A doença é considerada atípica quando é
originada no próprio organismo do bovino, normalmente em animais com
idade mais avançada. O objetivo da análise laboratorial é confirmar essa
classificação e descartar a influência de fatores externos no caso, o
que poderia influenciar na comercialização para o mercado estrangeiro.
A
notícia desencadeou um movimento de queda nos contratos futuros do boi
gordo na B3 e no mercado físico, em virtude de maior cautela do setor
quanto a uma possível restrição nas exportações de carne bovina
brasileiras.
“No (mercado) físico, nós já estávamos observando
um recuo nas cotações da arroba do boi gordo, em função do aumento da
oferta de gado confinado em algumas praças pecuárias. Com esse caso da
doença, a tendência é que o mercado continue frouxo”, disse Torres.
O
especialista comentou, ainda, que os grandes frigoríficos decidiram
suspender as exportações até que a situação seja esclarecida. “Isso é
bom porque mostra o comprometimento da cadeia brasileira com a segurança
alimentar”, acrescentou.
Questionado sobre os relatos do caso atípico, o Ministério da Agricultura disse que o Brasil adota procedimentos de vigilância investigação e notificações recomendadas pela Organização Mundial de Saúde Animal.
Fonte: CNN Brasil
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