O contágio pode acontecer em ambientes como clubes, aeroportos, creches, escolas e festas de aniversários
Foto: Divulgação
A primavera acabou de chegar e junto com ela um novo surto de uma infecção viral contagiosa, causada pelo vírus Coxsackie, da família dos enterovírus, pode estar se aproximando. Comum principalmente entre crianças menores de 5 anos, a Síndrome Mão-Pé-Boca foi considerada como um surto epidemiológico em Salvador e recôncavo no ano de 2019 e, esse ano, já registra um aumento expressivo do número de casos.
“Embora
possa acometer também os adultos, a síndrome é mais comum na infância. O
nome da doença se deve ao fato do aparecimento de lesões na cavidade
oral e erupções nas mãos e pés. A transmissão ocorre através do contato
com secreções (saliva, líquido das lesões) e fezes, sendo sua prevenção
diretamente relacionada com os cuidados básicos de higiene, como lavar
bem as mãos”, explica a pediatra, Dra. Juliana Cabral de Oliveira.
Embora
não deixe sequelas, os sintomas da doença incluem febre, dor de
garganta, recusa alimentar, mal-estar, prostração ou irritabilidade,
salivação intensa (babar mais do que o normal), feridas dolorosas na
boca, além de carocinhos vermelhos e planos nas palmas das mãos, solas
dos pés, podendo aparecer também em cotovelos, bumbum ou joelhos. Vale
ressaltar que, enquanto a criança apresentar sintomas, aftas na boca e
as bolhinhas não estiverem secas, é importante ficar afastada do contato
com outras crianças.
Apesar de se tratar de uma doença com
evolução normalmente benigna, é necessário ter atenção para o risco de
desidratação devido à recusa alimentar e à baixa ingesta de líquidos.
Geralmente, o quadro evolui com melhora em 7 a 10 dias após o início dos
sintomas.
Não existe tratamento específico ou vacina para
prevenção. Os medicamentos prescritos são para alívio dos sintomas. “É
importante oferecer os alimentos saudáveis preferidos da criança além de
bastante líquido para não desidratar. Evitar alimentos ácidos, duros e
quentes, pois eles podem piorar a dor, bem como garantir uma higiene
bucal adequada para prevenir uma infecção secundária nas lesões orais”,
alerta a médica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário