Com a participação do Secretário de Meio Ambiente de Porto Alegre, Germano Bremm, e da Coordenadora de Relações Institucionais do ICLEI Brasil (Governos locais pela sustentabilidade), Ana Wernke, o painel que abriu nesta segunda-feira (27) a 3ª Conferência Brasileira de Mudança do Clima, “Governança para a Ação Climática”, às 11h,
apresentou ações efetivas de uma prefeitura no sentido do planejamento
climático. O painel foi o primeiro do dia, logo após a abertura oficial,
que contou com a presença de Paulo Câmara, governador de Pernambuco, Luciano Paez, secretário municipal do Clima de Niterói, e teve também falas dos organizadores do evento como Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos, e Ana Toni, diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS).
Com
base no inventário das emissões de gases de efeito estufa realizado em
parceria com o ICLEI Brasil, a capital gaúcha baixou decreto acabando
com o número mínimo de vagas para carros em novos empreendimentos
imobiliários, o que deve gerar menos deslocamento e poluição, além de
trazer outros benefícios para a dinâmica da cidade. “Hoje, 70% dessas
emissões vêm das cidades, logo, a solução do problema também deve passar
por elas”, resumiu o secretário.
Tanto
a prefeitura como o ICLEI são exemplos da efetividade das ações em
redes no combate às mudanças climáticas. Enquanto Porto Alegre integra o
Fórum CB 27 (que reúne os secretários de meio ambiente das capitais
brasileiras), o ICLEI e a Fundação Konrad Adenauer Brasil
atuam em parceria com o Fórum CB 27 oferecendo consultoria técnica aos
gestores comprometidos com o desenvolvimento sustentável.
Já os painéis “Carreiras climáticas: uma oportunidade para os jovens brasileiros à deriva?”, às 13h, e “A
NDC brasileira como política pública nos territórios: Perspectivas da
Sociedade Civil, Povos Indígenas, Comunidades Tradicionais e Juventude
Periférica”, às 14h, discutiram como
as populações que vivem nas periferias são as mais afetadas pelas
mudanças climáticas. Mas revelaram, também, que as soluções podem vir de
seus jovens.
Um bom resumo veio do palestrante Marcelo Rocha, diretor executivo do Instituto AYIKA,
que acionou na Justiça Federal de SP, ao lado de outros jovens, o
governo federal pela “pedalada climática” representada pela redução, em
2020, de suas metas para a NDC. “A gente sabe quem está morrendo na
ponta... não estamos falando de problema futuro, mas do agora. Esse é um
processo que pode ser revertido, mas depende de política pública”,
finalizou.
Fechando o dia, o painel
“Ambição privada, metas e rotas de descarbonização: como enfrentar a
crise climática, evitar o greenwash e aproveitar as oportunidades da
transição”, às 16h40, aprofundou o debate iniciado nas mesas anteriores, e que deverá se desdobrar ainda mais pelos próximos dias.
O que é a CBMC
A
Conferência Brasileira de Mudança do Clima (CBMC) é um encontro anual
que reúne organizações não governamentais e da sociedade civil,
movimentos sociais, associações de povos, comunidades tradicionais,
governos, comunidade científica e instituições públicas e privadas para o
desenvolvimento de diálogos e propostas de implementação da NDC
brasileira, documento-produto do Acordo de Paris, no qual o Governo
brasileiro apresenta compromissos e contribuições de descarbonização de
sua matriz de emissões de gases de efeito estufa, com objetivo de
garantir a manutenção do aumento de temperatura terrestre em 1,5ºC. A
CBMC é uma iniciativa apartidária, de organização coletiva e tem como
base a NDC Brasileira, o Acordo de Paris e a agenda 2030 da ONU.
Conheça o histórico da CBMC: www.climabrasil.org.br
A programação completa e detalhada está em: https://www.climabrasil.org.br/
Para download de fotos, logo e programação, clique aqui: CBMC 2021
Serviço
O quê: Conferência Brasileira de Mudança do Clima (CBMC)
Quando: até dia 01/10
Onde: Canal do Instituto Ethos no YouTube: https://bit.ly/3C9m4yM
Informações e inscrições: www.climabrasil.org.br
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