Paulo Câmara respondeu às declarações do governador Rui Costa após o chefe do Executivo estadual declarar ontem que “não é dado à demagogia”
Por Henrique Brinco
O
PSDB baiano, que integra o campo oposicionista, segue cobrando mudanças
na cobrança de impostos da gasolina na Bahia. O deputado estadual Paulo
Câmara respondeu às declarações do governador Rui Costa após o chefe do
Executivo estadual declarar ontem que “não é dado à demagogia” - em
referência à redução do ICMS de combustíveis no Rio Grande do Sul, de
30% para 25%, anunciada pelo governador Eduardo Leite (PSDB).
“Esse
momento de crise pelo qual passa o nosso país exige bom senso dos
governantes e a Bahia precisa dar a sua contribuição. Medidas como essa
que aliviam o bolso do consumidor só são possíveis quando o Estado está
arrumado, com a retomada da arrecadação, tomando medidas de contenção de
gastos, com necessárias reformas, o que demonstra que a Bahia precisa
avançar nesse quesito”, afirmou, em nota.
Através de vídeos
em suas redes sociais, o deputado vem responsabilizando a gestão
estadual pelo aumento nos preços dos combustíveis, que já acumulam alta
de mais de quase 37% desde janeiro deste ano. Câmara explica que os
preços dos combustíveis são definidos em reunião do Conselho Nacional de
Política Fazendária (Confaz), que é presidido pelo ministro da
Economia, Paulo Guedes, com a participação dos secretários estaduais da
Fazenda.
O deputado estadual Tiago Correia (PSDB), que
apresentou um projeto para reduzir a alíquota do ICMS de 28% para 19%,
afirmou em um discurso na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) que com
os mesmos 28% de alíquota do imposto estadual, o valor arrecadado por
litro de gasolina saltou de R$ 1,15 para R$ 1,70 - crescimento de R$
0,55 por litro.
Segundo ele, na Bahia, por ano, são vendidos
aproximadamente 8 bilhões de litros de combustíveis, o que rendeu
arrecadação por volta de R$ 10 bilhões no ano passado. O parlamentar
aponta que este volume arrecadado deve subir para mais de R$ 15 bilhões.
"Não houve aumento de alíquota, mas o governo passou a arrecadar mais
com o alta dos combustíveis, com a população pagando esse preço",
disse.
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