Mais
de um ano depois de o governo da França ordenar seu primeiro bloqueio
nacional para combater a pandemia de covid, as autoridades do país agora
tiveram pouca escolha a não ser fazer o mesmo, à medida que as
infecções aumentam drasticamente em todo o país e hospitais em Paris
estão superlotados. Em um discurso nesta quarta-feira, 31, o presidente
Emmanuel Macron anunciou novas restrições trazendo um terceiro lockdown
nacional, que ele há muito tentava evitar. O governo prorrogará, a
partir de sábado, as medidas contra a covid-19 já vigentes em 19
departamentos a todo o país, durante quatro semanas. Entre estas medidas
está o fechamento de comércios não essenciais e a proibição de
deslocamento por
mais de 10 km. Escolas até o ensino médio vão fechar na próxima
segunda-feira no mínimo por três semanas, acrescentou Macron.
A França relatou na terça-feira mais de 5 mil pessoas em Unidades de
Terapia Intensiva (UTI) pela primeira vez desde abril passado, com a
falta de leitos em hospitais nas áreas mais afetadas se agravando. E a
lenta vacinação no país não evitou uma explosão de infecções, já que uma
média de cerca de 37 mil novos casos diários foram relatados na semana
passada. "As perspectivas são piores do que assustadoras", disse
Jean-Michel Constantin, chefe da unidade de terapia intensiva do
hospital Pitié-Salpêtrière em Paris, à rádio RMC na segunda-feira. "Já
estamos no nível da segunda onda e rapidamente chegando perto do limiar
da primeira onda", disse ele. "Abril vai ser terrível." Nesta
quarta-feira, Macron anunciou que vai aumentar o número de leitos de UTI
de 7.655 para 10 mil. Ao mesmo tempo, o governo quer começar a vacinar
os maiores de 60 anos a partir de 16 de abril e os maiores de 50 anos a
partir de 15 de maio.
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