quarta-feira, 31 de março de 2021

França decreta 3º lockdown devido a sobrecarga em hospitais

 


Mais de um ano depois de o governo da França ordenar seu primeiro bloqueio nacional para combater a pandemia de covid, as autoridades do país agora tiveram pouca escolha a não ser fazer o mesmo, à medida que as infecções aumentam drasticamente em todo o país e hospitais em Paris estão superlotados. Em um discurso nesta quarta-feira, 31, o presidente Emmanuel Macron anunciou novas restrições trazendo um terceiro lockdown nacional, que ele há muito tentava evitar. O governo prorrogará, a partir de sábado, as medidas contra a covid-19 já vigentes em 19 departamentos a todo o país, durante quatro semanas. Entre estas medidas está o fechamento de comércios não essenciais e a proibição de deslocamento por mais de 10 km. Escolas até o ensino médio vão fechar na próxima segunda-feira no mínimo por três semanas, acrescentou Macron. A França relatou na terça-feira mais de 5 mil pessoas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) pela primeira vez desde abril passado, com a falta de leitos em hospitais nas áreas mais afetadas se agravando. E a lenta vacinação no país não evitou uma explosão de infecções, já que uma média de cerca de 37 mil novos casos diários foram relatados na semana passada. "As perspectivas são piores do que assustadoras", disse Jean-Michel Constantin, chefe da unidade de terapia intensiva do hospital Pitié-Salpêtrière em Paris, à rádio RMC na segunda-feira. "Já estamos no nível da segunda onda e rapidamente chegando perto do limiar da primeira onda", disse ele. "Abril vai ser terrível." Nesta quarta-feira, Macron anunciou que vai aumentar o número de leitos de UTI de 7.655 para 10 mil. Ao mesmo tempo, o governo quer começar a vacinar os maiores de 60 anos a partir de 16 de abril e os maiores de 50 anos a partir de 15 de maio.

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