MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Resposta da equipe econômica às interferências de Bolsonaro será aumento dos juros

 


Charge do Glauco na Folha de S.Paulo, em 2009

Charge do Glauco (Folha)

Vicente Nunes
Correio Braziliense

Técnicos muito conceituados do governo estão convencidos de que é preciso dar boas respostas aos agentes de mercado sobre os compromissos com a política econômica, depois de todos os estragos provocados pelo presidente Jair Bolsonaro na imagem do país, ao intervir na Petrobras.

E uma das respostas virá do Banco Central, por meio do aumento da taxa básica de juros (Selic), que está em 2% ao ano, o nível mais baixo da história. São grandes as chances de a Selic subir já na reunião de março do Comitê de Política Monetária (Copom).

PROCESSO LENTO – Será, no entanto, um processo lento e gradual, pois os diretores do BC reconhecem que a atividade econômica perdeu força neste início de ano e a segunda onda da covid-19 está se mostrando pior do que o imaginado.

O problema é que as incertezas criadas pelo governo e as projeções de inflação acima da meta merecem uma resposta para manter as expectativas sob controle.

Há, ainda, a necessidade de se conter a forte volatilidade do câmbio, que está pressionando os preços de vários produtos, inclusive, dos combustíveis, que entraram com tudo no modelito escancaradamente populista assumido por Bolsonaro. O presidente quer baixar os valores nas bombas a qualquer custo.

EFEITO PSICOLÓGICO – Entre os técnicos do governo, a aposta majoritária é de que os juros subirão 0,25 ponto percentual em março, mais como efeito psicológico do que efetivo sobre o nível de atividade.

O entendimento é o de que o Banco Central mostrará ao mercado que está disposto a começar a discutir as distorções da política monetária. O Brasil está com juros negativos de quase 2%. Isso afasta dólares do país.

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