MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 28 de junho de 2020

Especialista dá dicas de como evitar que animais ataquem crianças pequenas


Na última terça-feira, um cachorro atacou duas irmãs gêmeas recém-nascidas (Anne e Analu, que tinham pouco mais de 26 dias de vida) que não resistiram aos ferimentos e vieram a óbito

Tribuna da Bahia, Salvador
28/06/2020 06:50 | Atualizado há 3 horas e 56 minutos
   
Foto: Reprodução
Por: Yuri Abreu

Nesta semana, chamou a atenção de todo o país a tragédia ocorrida em Piripá, município baiano que faz divisa com Minas Gerais e fica distante 638 km de Salvador. Na última terça-feira, um cachorro atacou duas irmãs gêmeas recém-nascidas (Anne e Analu, que tinham pouco mais de 26 dias de vida) que não resistiram aos ferimentos e vieram a óbito. O detalhe é que o animal pertencia à própria família.
Nesse sentido, muito se pergunta o que deve ser feito para que situações como essa não se repitam dentro da própria casa, permitindo que as crianças pequenas tenham toda a segurança durante a fase de desenvolvimento. De acordo com a médica veterinária, Ilka Gonçalves, apesar de ser uma fatalidade, casos de ataques de animais aos pequenos são muito comuns.
Segundo a especialista, os animais acabam se encaixando na rotina da família, apesar de ter as necessidades deles. Em uma situação em que a casa vai receber uma criança no lar – a mulher está grávida, por exemplo –, a família precisa estar atenta para essas mudanças na rotina do animal. O barulho que as crianças fazem, enquanto estão brincando, pode trazer alterações ao pet. “O choro, por exemplo, pode irritar os animais”, disse a médica veterinária.
Ainda conforme Ilka, um dos erros mais comuns cometidos pelos pais, após o nascimento das crianças, é evitar que o animal acesse o quarto delas. Isso pode acabar gerando um sentimento de rejeição. “Racionais somos nós. Eles são irracionais e respondem a estímulos. O contato tem de ser supervisionado”, afirmou a especialista. Para evitar os excessos, ela recomenda a colocação de grades de proteção, evitando que o cachorro transite por toda a casa. Por outro lado, os donos devem também realizar atividades com o animal, para que ele possa gastar a energia acumulada.
LUTO
Diante de uma situação como esta, ainda mais vinda de um “membro” da família, como os pais devem se portar neste momento de luto? De acordo com o psicólogo Djalma Andrade, nesse tipo de tragédia, a dor da perda no ambiente familiar quase sempre se une ao sentimento de culpa.
“A sensação traumática que fica é de que o perigo morava sob o mesmo teto e que a fatalidade poderia ter sido evitada. São reações emocionais comuns frente ao trágico com essas características. Faltam palavras e, na falta delas, a dor aparece no discurso extremista das emoções e sensações”, afirmou ele.
Ainda para o especialista, é importante dialogar com esses sentimentos, deixando-os fluírem como reações naturais que, em potência, são inerentes ao ser humano. “Quer seja para conviver com o sofrimento, quer seja para superá-lo, sem culpa, sem culpados. Em relação aos animais domesticados, não há dúvidas de sua docilidade e ganhos emocionais à família, mas também não há dúvidas de que, por trás de toda essa relação afetuosa, há um instinto animal”, salientou

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