Carlos Newton
Já abordamos aqui na Tribuna da Internet as mensagens dos sete grandes avatares que criaram as principais religiões da atualidade, com doutrinas muito semelhantes e praticamente os mesmos ensinamentos, na idêntica tentativa de melhorar a vida de todos e de criar relações sociais mais justas e humanas, numa impressionante coincidência de propósitos e princípios filosóficos pregados por Krishna, Lao Tse, Moisés, Buda, Confúcio, Sócrates, Jesus Cristo e Maomé.
Em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, o teólogo francês Allan Kardec afirma que a doutrina cristã “foi pressentida séculos antes de Jesus e dos essênios, tendo por principais precursores Sócrates e Platão”.
ESTAVA ESCRITO – Essa questão realmente é fora de dúvida, diante dos registros feitos por dois discípulos, Platão e Xenofonte, a respeito da religiosidade e da espiritualidade de Sócrates.
Em sua obra, Kardec resumiu os pontos de maior relevo do pensamento socrático, para mostrar a coincidência dos princípios difundidos pelo filósofo ateniense 400 anos antes do nascimento de Jesus e que foram absorvidos pelo Cristianismo e depois pelo Espiritismo.
Em verdade, Sócrates era religioso, combatia o paganismo e o politeísmo. Além disso, acreditava no juízo final, conforme Xenofonte registrou na obra “Memoráveis”, ao reproduzir a seguinte frase do filósofo greco, quando condenado à morte. “Mas eis a hora de partimos, eu para morte, vós para a vida. Quem de nós segue o melhor rumo, ninguém o sabe, exceto o Deus”.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS – Kardec usou os textos que Platão registrou em suas obras, especialmente “Fédon” e “Apologia”, além de algumas citações de Xenofonte, para demonstrar que “se Sócrates e Platão pressentiram a ideia cristã, em seus escritos também se encontram os princípios fundamentais do Espiritismo”.
Eis parte do resumo da doutrina de Sócrates e de Platão, na visão de Allan Kardec, pseudônimo do filósofo, educador, escritor e tradutor francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804/1869), que se notabilizou como codificador do Espiritismo (neologismo por ele criado), também denominado de Doutrina Espírita.
Dizia Kardec que não somente o princípio da reencarnação se acha ai claramente expresso, mas também o estado das almas que se mantêm sob o jugo da matéria é descrito tal qual o mostra o Espiritismo nas evocações.
“Também o Espiritismo diz que os Espíritos povoam o espaço; que Deus só se comunica com os homens por intermédio dos Espíritos puros, que são os incumbidos de lhe transmitir as vontades; que os Espíritos se comunicam com eles durante a vigília e durante o sono. Ao invés da palavra demônio, se usarmos a palavra Espírito, teremos a doutrina espírita; se usarmos a palavra anjo, teremos a doutrina cristã”, dizia Kardec.
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P.S. – E, assim, na introdução de sua principal obra, Allan Kardec segue analisando muitos outros pensamentos de Sócrates que inspiraram o Cristianismo e o Espiritismo. Vale a pena conhecer essas ensinamentos fundamentais, que foram incorporados nos Evangelhos.(C.N.)
Já abordamos aqui na Tribuna da Internet as mensagens dos sete grandes avatares que criaram as principais religiões da atualidade, com doutrinas muito semelhantes e praticamente os mesmos ensinamentos, na idêntica tentativa de melhorar a vida de todos e de criar relações sociais mais justas e humanas, numa impressionante coincidência de propósitos e princípios filosóficos pregados por Krishna, Lao Tse, Moisés, Buda, Confúcio, Sócrates, Jesus Cristo e Maomé.
Em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, o teólogo francês Allan Kardec afirma que a doutrina cristã “foi pressentida séculos antes de Jesus e dos essênios, tendo por principais precursores Sócrates e Platão”.
ESTAVA ESCRITO – Essa questão realmente é fora de dúvida, diante dos registros feitos por dois discípulos, Platão e Xenofonte, a respeito da religiosidade e da espiritualidade de Sócrates.
Em sua obra, Kardec resumiu os pontos de maior relevo do pensamento socrático, para mostrar a coincidência dos princípios difundidos pelo filósofo ateniense 400 anos antes do nascimento de Jesus e que foram absorvidos pelo Cristianismo e depois pelo Espiritismo.
Em verdade, Sócrates era religioso, combatia o paganismo e o politeísmo. Além disso, acreditava no juízo final, conforme Xenofonte registrou na obra “Memoráveis”, ao reproduzir a seguinte frase do filósofo greco, quando condenado à morte. “Mas eis a hora de partimos, eu para morte, vós para a vida. Quem de nós segue o melhor rumo, ninguém o sabe, exceto o Deus”.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS – Kardec usou os textos que Platão registrou em suas obras, especialmente “Fédon” e “Apologia”, além de algumas citações de Xenofonte, para demonstrar que “se Sócrates e Platão pressentiram a ideia cristã, em seus escritos também se encontram os princípios fundamentais do Espiritismo”.
Eis parte do resumo da doutrina de Sócrates e de Platão, na visão de Allan Kardec, pseudônimo do filósofo, educador, escritor e tradutor francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804/1869), que se notabilizou como codificador do Espiritismo (neologismo por ele criado), também denominado de Doutrina Espírita.
- O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação, a alma existia unida aos tipos primordiais, às ideias do verdadeiro, do bem e do belo; separa-se deles, encarnando, e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele.
- A alma se transvia e perturba, quando se serve do corpo para considerar qualquer objeto; tem vertigem, como se estivesse ébria, porque se prende a coisas que estão, por sua natureza, sujeitas a mudanças; ao passo que, quando contempla a sua própria essência, dirige-se para o que é puro, eterno, imortal, e, sendo ela desta natureza, permanece aí ligada, por tanto tempo quanto passa. Cessam então os seus transviamentos, pois está unida ao que é imutável, e a esse estado da alma é que se chama sabedoria.
- Enquanto tivermos o corpo e a alma mergulhados nessa corrupção, nunca possuiremos o objeto dos nossos desejos: a verdade. Com efeito, o corpo nos suscita mil obstáculos pela necessidade de cuidar dele. Ademais, ele nos enche de desejos, de apetites, de temores, de mil quimeras e de mil tolices, de maneira que pode se tornar impossível sermos ajuizados, sequer por um instante. Mas, se não nos é possível conhecer puramente coisa alguma, enquanto a alma está ligada ao corpo, de duas uma: ou jamais conheceremos a verdade, ou só a conheceremos após a morte. Libertos da loucura do corpo, então conversaremos – lícito é esperá-lo – com homens igualmente libertos e conheceremos, por nós mesmos, a essência das coisas. Essa a razão por que os verdadeiros filósofos aceitam morrer, pois a morte não se lhes afigura, de modo nenhum, temível.
- A alma impura, nesse estado, se encontra oprimida e se vê de novo arrastada para o mundo visível, pelo horror do que é invisível e imaterial. Erra, então, diz-se, em torno dos monumentos e dos túmulos, junto aos quais já se têm visto tenebrosos fantasmas, quais devem ser as imagens das almas que deixaram o corpo sem estarem ainda inteiramente puras, que ainda conservam alguma coisa da forma material, o que faz que a vista humana possa percebê-las. Não são as almas dos bons; porém, as dos maus, que se veem forçadas a vagar por esses lugares, onde arrastam consigo a pena do primeira vida que tiveram e onde continuam a vagar até que os apetites inerentes à forma material de que se revestiram as reconduzam a um corpo. Então, sem dúvida, retomam os mesmos costumes que durante a primeira vida constituíam objeto de suas predileções.
Dizia Kardec que não somente o princípio da reencarnação se acha ai claramente expresso, mas também o estado das almas que se mantêm sob o jugo da matéria é descrito tal qual o mostra o Espiritismo nas evocações.
- Após a nossa morte, o daimon (espírito), que nos fora designado durante a vida, leva-nos a um lugar onde se reúnem todos os que têm de ser conduzidos ao Hades, para serem julgados. As almas, depois de haverem estado no Hades o tempo necessário, são reconduzidas a esta vida em múltiplos e longos períodos.
- Os daimons ocupam o espaço que separa o céu da Terra; constituem o laço que une o Grande Todo a si mesmo. Não entrando nunca a divindade em comunicação direta com o homem, é por intermédio dos daimons que os deuses entram em contato e se entretêm com ele, quer durante a vigília, quer durante o sono.
“Também o Espiritismo diz que os Espíritos povoam o espaço; que Deus só se comunica com os homens por intermédio dos Espíritos puros, que são os incumbidos de lhe transmitir as vontades; que os Espíritos se comunicam com eles durante a vigília e durante o sono. Ao invés da palavra demônio, se usarmos a palavra Espírito, teremos a doutrina espírita; se usarmos a palavra anjo, teremos a doutrina cristã”, dizia Kardec.
- Se a alma é imaterial, tem de passar, após essa vida, a um mundo igualmente invisível e imaterial, do mesmo modo que o corpo, decompondo-se, volta à matéria. Muito importa, no entanto, distinguir bem a alma pura, verdadeiramente imaterial, que se alimente, como Deus, de ciência e pensamentos, da alma mais ou menos maculada de impurezas materiais, que a impedem de elevar-se para o divino e a retêm nos lugares da sua estada na Terra.
- Se a morte fosse a dissolução completa do homem, muito ganhariam com a morte os maus, pois se veriam livres, ao mesmo tempo, do corpo, da alma e dos vícios. Aquele que guarnecer a alma, não de ornatos estranhos, mas com os que lhe são próprios, só esse poderá aguardar tranquilamente a hora da sua partida para o outro mundo.
- O corpo conserva bem impressos os vestígios dos cuidados de que foi objeto e dos acidentes que sofreu. Dá-se o mesmo com a alma. Quando despida do corpo, ela guarda, evidentes, os traços do seu caráter, de suas afeições e as marcas que lhe deixaram todos os atos de sua visa. Assim, a maior desgraça que pode acontecer ao homem é ir para o outro mundo com a alma carregada de crimes.
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P.S. – E, assim, na introdução de sua principal obra, Allan Kardec segue analisando muitos outros pensamentos de Sócrates que inspiraram o Cristianismo e o Espiritismo. Vale a pena conhecer essas ensinamentos fundamentais, que foram incorporados nos Evangelhos.(C.N.)
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