A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) emitiu
um alerta para a população sobre os possíveis riscos à saúde pelo
contato com os rejeitos de mineração provenientes do rompimento da
barragem da Vale ocorrido na última sexta-feira, 25. A pasta informou
que já recolheu amostras do material para verificar a presença de metais
pesados e que monitora a situação dos bombeiros que atuam nas buscas
pelas vítimas. Em nota, a mineradora disse que o material não é tóxico.
Na noite desta segunda-feira, 28, a secretaria publicou uma nota com
orientações para que a população não consuma alimentos que tiveram
contato com a lama, inclusive embalados e enlatados, evitem contato com a
água do Rio Paraopeba atingida pelos rejeitos, tanto para ingestão
quanto para recreação, e que não pesquem nem consumam os peixes do rio.
As informações foram reproduzidas nas redes sociais. A pasta orienta
ainda que, caso apresente sintomas como: vômitos coceira, tontura,
diarreia, a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima e
informar sobre o contato com o material. “Sabe-se que esse material pode
trazer complicações alérgicas, respiratórias e outros tipos de
problemas, inclusive alterações e distúrbios mentais, por serem metais
pesados. Em Mariana, os dois compostos (predominantes) eram o arsênio e
níquel. Agora, coletamos mais de 40 amostras de água e de lama para ver
qual é o composto prioritário e prever o que pode acontecer do ponto de
vista de saúde”, explica Bernardo Ramos, assessor estratégico da SES-MG.
Segundo ele, a medida é preventiva. A Vale informou que a substância
não é tóxica. “O rejeito é formado por sílica, ou seja, basicamente
terra, portanto não é tóxico, afirmou, em nota. Ramos diz que, nesta
segunda, teve início um trabalho nas comunidades ribeirinhas da região
não só para oferecer informações sobre os riscos de contaminação, mas
para verificar as condições de saúde da população. “Começamos uma busca
ativa de moradores para verificar as pessoas atingidas direta e
indiretamente. Estamos vendo o risco de contaminação, se tem algum
problema de saúde descontrolado e os cartões de vacinação, apesar de
muitos terem sido perdidos na tragédia. Nesse caso, estamos fazendo a
revacinação.” As equipes estão orientando que os moradores evitem água
de poços irregulares. “Tem o real risco de contaminação do lençol
freático.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário