Luciano Siani, em vídeo de arquivo da Vale
Siani também informou que as membranas de filtragem aquática estão instaladas, que a empresa aguarda autorização para atuação de 100 psicólogos especializados em catástrofes na cidade e que a Vale pretende fazer a doação de R$ 100 mil aos familiares das vítimas o mais rápido possível.
7 dias de tragédia
O diretor da Vale iniciou sua fala afirmando que esta quinta-feira é um dia triste para a empresa como um todo, já que completam-se sete dias da tragédia.
Reunião com prefeitura
A entrevista ocorreu por volta das 17h dessa quinta, após uma reunião com o prefeito de Brumadinho, Avimar de Melo (PV). Segundo Siani, a Vale ouviu necessidades "de diversas naturezas" da prefeitura, incluindo compensação financeira e liberação de acessos para o tráfego na cidade.
Em relação à compensação financeira, Siani declarou que a Vale está desenvolvendo cálculos e montando um cronograma referente ao pagamento mensal, durante dois anos, de valores à Prefeitura de Brumadinho. Segundo ele, esse valor, que pode chegar a R$ 80 milhões, não tem relação com as indenizações ainda por vir.
Parceria com Banco do Brasil
Também foi citada a parceria com o Banco do Brasil para o pagamento da doação de R$ 100 mil para os familiares dos mortos na tragédia. De acordo com o diretor de finanças da Vale, mesmo os familiares sem conta em banco ou documentos serão beneficiados. "Esse valor será doado, incluindo os descontos de impostos referentes à doação. Não será esperada contrapartida das famílias das vítimas", afirmou. Não foi dado um prazo para o início das doações.
Ajuda psicológica
Cerca de 100 psicólogos especialistas em atendimento de desastres vêm do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, nesta tarde, para Brumadinho. Segundo Siani, a Vale aguarda aval do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais para a liberação de atuação no Estado. Siani pediu agilidade e apoio da instituição nessa aprovação.
Barreiras de contenção
De acordo com Luciano Siani, as barreiras por membranas foram finalizadas e a empresa monitora, em tempo real, a qualidade do rio Paraopeba "em vários pontos". "Nossa preocupação, nesse momento, é com Pará de Minas. Estamos monitorando para que a captação de água continue sendo feita, inclusive por meio de fontes alternativas", afirmou.
Siani também explicou que, além das membranas, têm sido construídos diques de contenção, que demoram mais para ficarem prontos, mas serão mais resistentes e duradouros do que os filtros. "Nossa intenção é que a turbidez da água seja baixa o suficiente para permitir a captação de água", relatou.
Apoio aos animais
No fim da entrevista à imprensa, um senhor segurando um cachorro aproximou-se de Siani e o questionou sobre o salvamento de animais após a tragédia. O homem, de identidade ainda desconhecida, afirmou que o cão que segurava acabara de ser retirado da lama. "Os animais estão sofrendo", afirmou o homem.
"Montamos um hospital de campanha para os animais. Estamos cuidando desse aspecto tambémm. Esperamos que essa situação seja resolvida o mais rápido possível. Estamos tentando fazer o melhor", respondeu Siani.
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