Por G1 — Brasília
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou numa entrevista ao pastor Silas Daniel que há ameaças de boicote econômico ao Brasil, caso o governo decida transferir a embaixada do país em Israel para Jerusalém. Bolsonaro disse ainda que está avaliando a “melhor maneira” de resolver a questão.
A entrevista foi concedida no dia 11 de dezembro e foi divulgada neste sábado (29) no Twitter do presidente eleito.
GESTO POLÊMICO – A mudança da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém foi defendida por Bolsonaro durante a campanha e também depois de ser eleito. O gesto, que reconhece Jerusalém como capital israelense, é polêmico. Palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado. E a comunidade internacional, por sua vez, não reconhece a reivindicação israelense de Jerusalém como sua capital indivisível.
Em novembro, após declarações de Bolsonaro sobre a mudança da embaixada, surgiram comentários na política internacional de que países árabes, grandes importadores de carne do Brasil, poderiam retaliar o país caso a medida fosse concretizada.
REFLUINDO – “Conversei com o embaixador de Israel sobre isso. Conversei com o Ernesto Araújo [futuro ministro das Relações Internacionais]. Alguns países estão realmente ameaçando boicote a nossa economia caso isso [mudança da embaixada] se concretize. E nós estamos conversando a melhor maneira de decidir essa questão”, afirmou Bolsonaro na entrevista.
O presidente eleito disse ainda que cada país tem o direito de definir a própria capital. Afirmou também não ter nada contra o povo palestino.
“Quem decide qual vai ser a capital de seu país é seu Estado, não sou eu”, afirmou. “Não temos nada contra o povo palestino, temos contra o governo, se é que posso falar governo, porque não é um país. Queremos respeitar a autonomia de todos os países, árabes, não árabes, todos. Cada país tem sua política”, completou Bolsonaro.
RECONHECIMENTO – O Brasil reconhece o Estado Palestino como país desde dezembro de 2010, após carta enviada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
A ONU também reconheceu a Palestina como um “Estado observador”, após aprovação em Assembleia Geral em 2012, cuja capital seria Jerusalém Oriental. Os palestinos querem se estabelecer como um Estado soberano que ocupe a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. Os territórios foram ocupados por Israel após a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
IDEOLOGIA DE GÊNERO – Na entrevista, o presidente eleito também disse que, apesar de o Estado brasileiro ser laico, ele vai basear suas decisões em valores cristãos. Bolsonaro disse que seu governo vai acabar, por meio do Ministério da Educação, com o que chamou de ideologia de gênero nas escolas.
“O Estado é laico, mas eu sou cristão. Eu não vou negar isso aí. Muita coisa vai ser votada de acordo com meus princípios, valores. A questão, por exemplo, de ideologia de gênero. A gente vai acabar com essa história lá via Ministerio da Educação. Escola é lugar de criança ser instruída, e não ser doutrinada ou estimulada precocemente para o sexo. Quem ensina sexo é papai e mamãe”, afirmou Bolsonaro.
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou numa entrevista ao pastor Silas Daniel que há ameaças de boicote econômico ao Brasil, caso o governo decida transferir a embaixada do país em Israel para Jerusalém. Bolsonaro disse ainda que está avaliando a “melhor maneira” de resolver a questão.
A entrevista foi concedida no dia 11 de dezembro e foi divulgada neste sábado (29) no Twitter do presidente eleito.
GESTO POLÊMICO – A mudança da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém foi defendida por Bolsonaro durante a campanha e também depois de ser eleito. O gesto, que reconhece Jerusalém como capital israelense, é polêmico. Palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado. E a comunidade internacional, por sua vez, não reconhece a reivindicação israelense de Jerusalém como sua capital indivisível.
Em novembro, após declarações de Bolsonaro sobre a mudança da embaixada, surgiram comentários na política internacional de que países árabes, grandes importadores de carne do Brasil, poderiam retaliar o país caso a medida fosse concretizada.
REFLUINDO – “Conversei com o embaixador de Israel sobre isso. Conversei com o Ernesto Araújo [futuro ministro das Relações Internacionais]. Alguns países estão realmente ameaçando boicote a nossa economia caso isso [mudança da embaixada] se concretize. E nós estamos conversando a melhor maneira de decidir essa questão”, afirmou Bolsonaro na entrevista.
O presidente eleito disse ainda que cada país tem o direito de definir a própria capital. Afirmou também não ter nada contra o povo palestino.
“Quem decide qual vai ser a capital de seu país é seu Estado, não sou eu”, afirmou. “Não temos nada contra o povo palestino, temos contra o governo, se é que posso falar governo, porque não é um país. Queremos respeitar a autonomia de todos os países, árabes, não árabes, todos. Cada país tem sua política”, completou Bolsonaro.
RECONHECIMENTO – O Brasil reconhece o Estado Palestino como país desde dezembro de 2010, após carta enviada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
A ONU também reconheceu a Palestina como um “Estado observador”, após aprovação em Assembleia Geral em 2012, cuja capital seria Jerusalém Oriental. Os palestinos querem se estabelecer como um Estado soberano que ocupe a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. Os territórios foram ocupados por Israel após a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
IDEOLOGIA DE GÊNERO – Na entrevista, o presidente eleito também disse que, apesar de o Estado brasileiro ser laico, ele vai basear suas decisões em valores cristãos. Bolsonaro disse que seu governo vai acabar, por meio do Ministério da Educação, com o que chamou de ideologia de gênero nas escolas.
“O Estado é laico, mas eu sou cristão. Eu não vou negar isso aí. Muita coisa vai ser votada de acordo com meus princípios, valores. A questão, por exemplo, de ideologia de gênero. A gente vai acabar com essa história lá via Ministerio da Educação. Escola é lugar de criança ser instruída, e não ser doutrinada ou estimulada precocemente para o sexo. Quem ensina sexo é papai e mamãe”, afirmou Bolsonaro.
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