José da Fonseca Lopes, presidente da Abcam, deu às costas às propostas do governo na tarde de hoje, por não aceitar os termos para encerramento da greve dos caminhoneiros. Na última semana, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros convocou os caminhoneiros para uma greve geral em todo o país, se o governo não se pronunciasse a respeito dos valores do diesel.
Como o governo não deu nenhuma resposta até sexta-feira passada, a Abcam iniciou a mobilização dos caminhoneiros na última segunda-feira, e mais de 100 pontos de rodovias foram bloqueado. Hoje, quarto dia de protesto, mais de 500 pontos de rodovias federais foram bloqueado. Somando-se as rodovias federais, estaduais e trechos urbanos, não contabilizados pela PRF, os protestos em todo o país podem ter passado de 1.500 pontos.
Por causa da greve o governo se reuniu com entidades representativas dos caminhoneiros em Brasília, ontem e hoje, para tentar negociar o fim dos protestos. Na tarde de hoje, o governo pediu uma trégua de 15 dias na greve, para tentar encontrar uma solução para o problema. A Abcam já havia se pronunciado sobre isso, informando que não concorda com esses termos, e que o movimento de greve só termina quando o governo publicar no Diário Oficial a redução dos impostos que incidem sobre o diesel, e que essa redução seja adequada ao setor de transportes.
Outras entidades que participaram da reunião entre a Abcam e o governo aceitaram os termos do governo, mas a Abcam, que deu início às greves e é a maior representante dos caminhoneiros nesse momento não aceitou, e pediu que a greve continue em todo o país.
Caminhoneiros de todas as regiões já se pronunciaram, informando que irão manter os pontos de bloqueios em todo o país. Com isso, a greve não deve perder força. No dia de hoje, contando com apoio popular, de agricultores e de profissionais de diversos setores, a greve cresceu muito, atingindo todos os estados do Brasil.
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