recebida depois pelo negócio da compra de sondas para a Petrobrás. A
revelação está na carta enviada ao PT em que pede sua desfiliação. A
carta de Antonio Palocci, poderoso ex-ministro dos governos Lula e
Dilma, é o documento mais contundente para o partido desde a deflagração
da Lava Jato.
Palocci fornece o elo definitivo entre Dilma, Lula e o esquema de
corrupção da Petrobras que abasteceu os cofres (e os bolsos) dos
partidos. Palocci revela a intimidade do comando do esquema de corrupção
no governo e dá detalhes como o que chama de “fatídica reunião”.
Realizada na biblioteca do Palácio da Alvorada, residência da
Presidência, com o próprio Palocci, Dilma e Sérgio Gabrielli
(ex-presidente da Petrobras), foi nela que o ex-presidente Lula
“encomendou as sondas e as propinas”.
“Sondas” se referem aos contratos bilionários de plataformas
petrolíferas e sondas de perfuração da Petrobras, que são alvo da
investigação da Lava Jato desde as primeiras fases. O ex-ministro até
prevê o que Dilma e o ex-presidente da Petrobras “dirão” sobre o
episódio.
Seita submissa
Palocci compara o PT a uma “seita” submetida à “autoproclamação do
‘homem mais honesto do País’” e sugere que o ex-presidente tenta
transferir a responsabilidade por ilegalidades à ex-primeira-dama Marisa
Letícia, morta em fevereiro.
O ex-ministro diz ainda que Dilma destruiu programas sociais e a
economia e afirma que o PT precisa fazer um acordo de leniência se
quiser se reconstruir. “Afinal, somos um partido político sob a
liderança de pessoas de carne e osso, ou somos uma seita guiada por uma
pretensa divindade?”.
No documento, o ex-ministro pergunta ainda até quando os
correligionários acreditarão “na autoproclamação do ‘homem mais honesto
do país’ enquanto os presentes, os sítios, os apartamentos e até o
prédio do Instituto Lula são atribuído à dona Marisa?”, em referência ao
ex-presidente. Com Diário do Poder.
JORNAL A REGIÃO
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