domingo, 1 de outubro de 2017

Palocci relata reunião em que Lula pediu propina

lula e palocci
30.Setembro.2017
recebida depois pelo negócio da compra de sondas para a Petrobrás. A revelação está na carta enviada ao PT em que pede sua desfiliação. A carta de Antonio Palocci, poderoso ex-ministro dos governos Lula e Dilma, é o documento mais contundente para o partido desde a deflagração da Lava Jato.
Palocci fornece o elo definitivo entre Dilma, Lula e o esquema de corrupção da Petrobras que abasteceu os cofres (e os bolsos) dos partidos. Palocci revela a intimidade do comando do esquema de corrupção no governo e dá detalhes como o que chama de “fatídica reunião”.
Realizada na biblioteca do Palácio da Alvorada, residência da Presidência, com o próprio Palocci, Dilma e Sérgio Gabrielli (ex-presidente da Petrobras), foi nela que o ex-presidente Lula “encomendou as sondas e as propinas”.
“Sondas” se referem aos contratos bilionários de plataformas petrolíferas e sondas de perfuração da Petrobras, que são alvo da investigação da Lava Jato desde as primeiras fases. O ex-ministro até prevê o que Dilma e o ex-presidente da Petrobras “dirão” sobre o episódio.
Seita submissa
Palocci compara o PT a uma “seita” submetida à “autoproclamação do ‘homem mais honesto do País’” e sugere que o ex-presidente tenta transferir a responsabilidade por ilegalidades à ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em fevereiro.
O ex-ministro diz ainda que Dilma destruiu programas sociais e a economia e afirma que o PT precisa fazer um acordo de leniência se quiser se reconstruir. “Afinal, somos um partido político sob a liderança de pessoas de carne e osso, ou somos uma seita guiada por uma pretensa divindade?”.
No documento, o ex-ministro pergunta ainda até quando os correligionários acreditarão “na autoproclamação do ‘homem mais honesto do país’ enquanto os presentes, os sítios, os apartamentos e até o prédio do Instituto Lula são atribuído à dona Marisa?”, em referência ao ex-presidente. Com Diário do Poder. 
JORNAL A REGIÃO

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