segundo o Ministério da Transparência, baseado em uma avaliação feita
pela Controladoria Geral da União (CGU). O Terminal de Pesca de Ilhéus
apresentou uma grande lista de irregularidades e teve sua obra
superfaturada em R$ 1.327.906,87.
Ela foi feita na gestão de Isaac Albagli na Bahia Pesca, do Governo do
Estado. Foi a estatal que licitou as obras e a aquisição de
equipamentos. A equipe de auditoria da CGU constatou que a licitação
foi feita “sem projeto básico que caracterize, minimamente, o objeto a
ser executado”.
Além disso, foram identificadas práticas irregulares da Bahia Pesca e
cláusulas do edital que impediam a competição, na prática direcionando
para o vencedor. Com isso, foi possível superfaturar o custo por
medição, pagar por serviços não executados e não usar BDI diferenciado
para equipamentos.
A obra esteve irregular de 15.12.2008 a 12.2.2012 por falta de licença
obrigatória e, apesar de inaugurado em dezembro de 2012, “não está em
funcionamento e tampouco possui licença de operação”, afirma o relatório
da CGU, divulgado neta semana.
Superfaturado
Os projetos básicos e o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e
Ambiental (EVTEA) foram elaborados pela Cooperativa de Serviços e
Pesquisas Tecnológicas e Industriais – CTPI, mas eles foram
considerados “deficientes, impossibilitando a quantificação e a
definição de todos os serviços”.
As plantas que constaram no projeto básico são distintas do projeto
executivo e não retratam o que foi de fato executado, tampouco seriam
suficientes para a execução ou caracterização de uma obra de engenharia,
segundo a CGU. O memorial descritivo também não ilustra os serviços.
O superfaturamento foi feito com contratação de serviços com preços
acima do mercado (R$ 156.124,01), pagamento indevido à Multisul por
serviços a menos (R$ 312.221,01) e não prestados (R$ 1.015.685,86). O
total do desvio é de R$1.327.906,87. A dragagem foi paga mas não
executada.
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