Passeio de escuna sai diariamente às 9h e retorna às 17h30, em Salvador.
Paradas incluem Ilha dos Frades e terra onde nasceu João Ubaldo Ribeiro.
Escunas contornam cinco, das 56 ilhas da Baía de Todos-os-Santos (Foto: Josemar Pereira/Ag Haack)
As águas que encantam e refrescam visitantes também são fonte de renda
para ribeirinhos e pescadores que vivem ao longo dos 1.233 km² da Baía
de Todos-os-Santos, maior do país, e segunda maior do mundo. Hoje
declarada como “Amazônia Azul”, foi descoberta em 1º de novembro de 1501.
É daí que vem o nome com o qual foi batizada, já que nesta data é
celebrado o "Dia de Todos os Santos". Passados 516 anos desde que as
primeiras embarcações cruzaram suas águas, navegar pelo mar calmo e
visitar as ilhas é fazer um mergulho na história do descobrimento e
colonização do nosso país. [Clique aqui para ver as imagens do passeio].
Escunas deixam o Terminal Náutico, no bairro do
Comércio, às 9h (Foto: Josemar Pereira/Ag Haack)
Para mostrar um pouco das belezas aproveitadas por baianos e turistas, o G1 embarcou em um tradicional passeio de escuna, cujas embarcações saem diariamente de Salvador.Comércio, às 9h (Foto: Josemar Pereira/Ag Haack)
O ponto de partida acontece às 9h, no Terminal Náutico da Bahia, no bairro do Comércio. No roteiro estão programadas paradas em duas das 56 ilhas da baía: Ilha dos Frades, que pertence ao território da capital baiana, e Ilha de Itaparica. Além delas, as escunas contornam a Ilha de Maré, Madre de Deus, e a Ilha do Medo.
O bilhete do "tour às ilhas" custa R$ 50, e deve ser adquirido no Terminal Náutico com pelo menos 30 minutos de antecedência. Quem não se importar de acordar um pouco mais cedo pode começar o programa ainda em terra, já que o Elevador Lacerda e o Mercado Modelo estão bem próximos do local de embarque.
Passeio acontece diariamente, com saída às 9h e
retorno às 17h30 (Foto: Josemar Pereira/Ag Haack)
Bilhete em mãos, hora de ir para a escuna. Lá são servidas frutas como
opção de lanche logo no começo da viagem. Elas estão inclusas no pacote,
mas as bebidas não. A dica é procurar um bom lugar na popa, parte de
trás da embarcação, é lá que fica a banda que vai animando o percurso. A
proa, parte da frente, é a mais indicada para quem deseja ganhar um
bronze.retorno às 17h30 (Foto: Josemar Pereira/Ag Haack)
Logo que o passeio começa, a escuna passa pelo Forte São Marcelo, um dos mais bonitos e importantes cartões postais da Baía de Todos-os-Santos. Uma rápida olhada para trás e é possível ter uma bela imagem do Elevador Lacerda e da Avenida Contorno, que dividem cidade alta e baixa, na capital baiana. Durante o caminho, um guia passa informações e curiosidades sobre a baía, e uma vez no mar, a próxima parada acontece cerca de 1h30 depois, na Ilha dos Frades.
Ilha dos Frades
A chegada à ilha acontece pela Ponta de Nossa Senhora de Guadalupe. No final de 2016, a praia passou a hastear a “Bandeira Azul”, selo de sustentabilidade concedido a apenas seis praias em todo país. Além do belo visual, a primeira parada também tem opções para lanchar, banheiros, e chuveiro com água doce. Na entrada, é preciso pagar uma taxa de R$ 6.
É possível ver Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe já na chegada a Ilha dos Frades (Foto: Josemar Pereira/Ag Haack)
O nome da praia é em homenagem à Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe,
construída no alto de um monte em meados do século XVII. Por lá, reza a
lenda que quem se confessa na igreja paga todos os pecados e ainda ganha
crédito para cinco carnavais. São 125 degraus, mas a subida vale a
pena, não só pelos pecados pagos, mas pela vista da baía, que é de tirar
o fôlego.A ilha é repleta de Mata Atlântica e possui oito quilômetro de extensão. Todo esse território é rodeado por um mar calmo, com águas transparentes, ideal para um bom banho. Quem quiser melhorar a experiência pode alugar equipamentos de mergulho como snorkel e pés de pato. Há ainda a opção de pegar um Stand up Paddle (SUP), ou jogar vôlei na quadra montada na areia.
Moquecas e frutos do mar estão no cardápio do
restaurante (Foto: Josemar Pereira/Ag Haack)
O passeio pela praia termina às 12h30. Caso sobre tempo, vale visitar a
vila de moradores e um mirante que fica do lado oposto à igreja. Por lá
há também um restaurante que oferece pratos típicos como peixes,
lagostas e camarões, mas o almoço para quem faz o passeio pelas escunas
acontece em outro lugar: na Ilha de Itaparica.restaurante (Foto: Josemar Pereira/Ag Haack)
Ilha de Itaparica
São cerca de 40 minutos até chegar em Itaparica, maior ilha da Baía de Todos-os-Santos, e terceira maior do Brasil. O turismo e a pesca são as principais fontes de renda dos 70 mil habitantes que vivem espalhados pelos 240 quilômetros quadrados de extensão do município. A chegada acontece na praia de Ponta de Areia, outra bela paisagem do tour.
Banhistas usam ponte como trampolim para saltar no mar (Foto: Josemar Pereira/Ag Haack)
Como o mar não oferece profundidade para a embarcação se aproximar da
areia, pequenos barcos vão até a escuna para levar os passageiros à
praia, e a descida pode demorar um pouco. A primeira coisa para fazer em
terra firme é comer. O almoço é servido em um restaurante self service,
com uma boa variedade de frutos do mar. O preço da refeição é fixado em
R$ 40 e não há outras opções no local.Depois de almoçar existem duas alternativas, a primeira é optar por um passeio turístico pelo centro de Itaparica, o tour é feito de ônibus e custa R$ 15. A segunda é ficar pela praia e aproveitar o banho de mar, que pelo visual oferecido, também é uma ótima ideia.
Tour pelo centro histórico de Itaparica começa com
travessia por águas de encontro do rio com o mar
(Foto: Josemar Pereira/Ag Haack)
O guia que acompanha os turistas no ônibus é um dos pontos altos do
passeio, com muito humor, Edison Sacramento conta histórias sobre o
passado e os costumes dos moradores da ilha. O tour dura cerca de 50
minutos, com paradas na casa de João Ubaldo Ribeiro, no Forte de São
Lourenço, na casa de veraneio que pertenceu a Vinicius de Moraes, e na
Fonte da Bica, conhecida como “fonte da juventude”. Na dúvida, vale
beber um copo e torcer para dar certo.travessia por águas de encontro do rio com o mar
(Foto: Josemar Pereira/Ag Haack)
Quando o tour acaba já é hora de ir para escuna e retornar a Salvador. A saída da Ilha de Itaparica acontece às 16h, e a viagem de volta dura em média 1h30. No caminho, mais música para encerrar o dia.
Além das escunas de turismo que deixam o Terminal Náutico, também é possível navegar pela baía em embarcações menores que zarpam do Terminal Marítimo da Ribeira. Lá existem opções com trajetos mais curtos, que vão até Plataforma, e outras que também fazem o passeio com parada nas ilhas.
Turistas desembarcam para conhecer a Ilha dos Frades (Foto: Josemar Pereira/Ag Haack)
Ônibus do passeio passa também pela orla de Itaparica (Foto: Josemar Pereira/Ag Haack)
Casa de veraneio que pertenceu a Vinicius de Moraes é uma das paradas do passeio (Foto: Josemar Pereira/Ag Haack)
Da orla de Itaparica é possível ver a silhueta das construções de Salvador (Foto: Josemar Pereira/Ag Haack)
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