A imprensa, notadamente a
brasileira, de viés esquerdista, continua firme na demonização de
Donald Trump. Com isso, apenas revela sua face antidemocrática: não sabe
perder, não admite a alternância de poder. Artigo de Rodrigo
Constantino, publicado na revista Istoé:
A julgar pela grande
imprensa, o mundo está apavorado com uma “onda ultraconservadora” que
estaria varrendo diversos países, a começar pelos EUA. Essa “guinada à
direita” de inúmeros governos seria extremamente perigosa, por
representar a intolerância, o racismo, a xenofobia, o nacionalismo. Mas é
isso mesmo? Em que pesem posturas realmente intolerantes de alguns
líderes da dita direita, sou defensor da tese de que não – o fenômeno
que estamos vivenciando não é esse descrito pela mídia. Na verdade,
esses jornalistas simplesmente não compreenderam o mundo moderno, e por
isso não entendem que está ocorrendo uma reação saudável ao radicalismo
da própria esquerda.
Foi-se o tempo em que
o Partido Democrata, por exemplo, era mesmo moderado. Houve uma
“revolução silenciosa” que o jogou bem mais para a esquerda. O
socialista Bernie Sanders quase ganhou nas primárias, e a própria
Hillary Clinton é uma entusiasta de Saul Alinsky, um revolucionário
radical, também admirado por Obama. JFK, católico e anticomunista, seria
considerado “ultraconservador” por seu próprio partido hoje. A tática
usada pela esquerda tem sido a velha máxima romana: dividir para
conquistar. Joga negros contra brancos, mulheres contra homens, gays
contra heterossexuais, sempre de olho nas vantagens políticas dessa
“marcha das minorias oprimidas”. Lança mão de um arsenal de hipocrisia, a
ponto de vermos gays e feministas louvando o Islã para atacar o
Cristianismo!
Essa esquerda banca a
democrata, mas não tolera o resultado da democracia quando perde. Fala
em amor, mas prega até jogar uma bomba na Casa Branca. Discursa em prol
da tolerância, mas parte para a agressão verbal e até física contra os
adversários. Louva a diversidade, mas só aceita quem reza a mesma
cartilha politicamente correta. Condena o “fascismo”, mas tenta
intimidar os demais, exatamente como faziam os fascistas.
São esses “ungidos”
arrogantes, os tais “fascistas do bem”, o maior perigo às liberdades
individuais hoje. Eles no fundo odeiam tudo aquilo que o Ocidente em
geral e a América em particular representam: o capitalismo, as
democracias liberais, a livre iniciativa, um governo limitado e regido
pelas leis, não pela ideia vaga de “justiça social” ou pelos devaneios
messiânicos de seus governantes.
Quem culpa Trump pela
“divisão da nação” não entendeu ainda a tática usada pela esquerda.
Trump é um mero pretexto: fizeram o mesmo com Bush, lembram? E fariam
com Ted Cruz, Marco Rubio ou qualquer outro republicano. A esquerda não
sabe perder, não tolera a verdadeira pluralidade, a escolha do povo, que
diz defender. Vivemos em tempos perigosos, sem dúvida. Mas o verdadeiro
perigo não vem da direita; vem da esquerda.
A esquerda não sabe perder, não tolera a verdadeira pluralidade, a escolha do povo, que diz defender.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
Nenhum comentário:
Postar um comentário