MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 27 de agosto de 2016

Ex-preso de Guantánamo detido na Venezuela está em greve de fome


Jihad Ahmad Diyab protesta contra possível extradição ao Uruguai.
Ele deseja ser enviado à Turquia para se reunir com sua família.

Da France Presse
Autoridades acreditavam que sírio Jihad Diyab, que permaneceu 12 anos preso por EUA por supostas ligações com grupo extremista Al Qaeda, havia cruzado a fronteira com o Brasil (Foto: Miguel Rojo / AFP)O sírio Jihad Diyab foi para a Venezuela depois de sumir do Uruguai, onde chegou em 2014 (Foto: Miguel Rojo / AFP)
O sírio Jihad Ahmad Diyab, ex-prisioneiro de Guantánamo recluso na Venezuela na sede da polícia secreta, está em greve de fome, disseram à AFP seu advogado e um ativista de direitos humanos.

O advogado americano Jon B. Eisenberg expressou preocupação por Diyab, em um breve e-mail enviado na sexta-feira (26) da Califórnia, no qual confirmou que segue sem ter contato com seu cliente.
"Ainda não tive qualquer tipo de comunicação com as autoridades da Venezuela (...). Temi desde o princípio que (a greve de fome) poderia ocorrer, por isso não me surpreende", escreveu.
Em um comunicado, em 6 de agosto, Eisenberg havia pedido ao governo venezuelano que lhe permitisse falar com Diyab pelo telefone para organizar sua defesa.
O ativista americano Andrés Conteris disse via telefone que "três fontes independentes entre si", que preferiu manter em anonimato, informaram que o sírio iniciou o protesto após "saber que as chancelarias da Venezuela e do Uruguai negociavam sua deportação ao Uruguai".
Além disso, "está se negando a consumir líquidos", acrescentou Conteris, membro da ONG Witness Against Torture.
Diyab reapareceu na Venezuela em julho após abandonar o Uruguai, onde chegou em 2014 como refugiado junto a outros cinco ex-detidos de Guantánamo, após um pacto entre os governos de Montevidéu e Washington. Ele espera ser enviado a Turquia ou a um terceiro país para se reunir com sua família.
Até agora, as autoridades venezuelanas não se pronunciaram sobre o caso.
Conteris esteve na Venezuela entre 1º e 10 de agosto para tentar uma visita, mas voltou aos Estados Unidos sem alcançar seu objetivo.
Eisenberg representou Diyab em uma denuncia apresentada contra a alimentação forçada de réus em greve de fome na prisão americana de Guantánamo (Cuba).

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