Animais como o camarão e outros mariscos podem ter dificuldades para sobreviver no mar do futuro
Você consegue imaginar como seria viver em um mundo sem acarajé? Pois, é possível que as mudanças climáticas globais
interfiram até no seu bolinho de lei toda sexta-feira. Isso porque,
segundo o coordenador do Instituto Virtual Internacional de Mudanças
Globais, Marcos Freitas, professor da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), animais como o camarão e outros mariscos podem ter
dificuldades para sobreviver no mar do futuro.
(Foto: Arisson Marinho/CORREIO)
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“Esses
bichinhos podem ter problemas de sobrevivência, seja por questões como a
poluição, seja por questões de aquecimento”, diz. No caso do acarajé, o
feijão fradinho da massa também não está totalmente a salvo. “Apesar de
não ter visto nenhum estudo especificamente sobre o fradinho, existem
muitos estudos que relacionam a temperatura e as chuvas no
desenvolvimento das culturas agrícolas e algumas delas terão dificuldade
de ter a mesma produtividade de antes”, explica o professor.
Chuvas fortes: efeitos no clima ainda são estudadosApesar
de a intensidade das chuvas em Salvador deste ano ter pego muita gente
de surpresa, ainda não é possível afirmar que isso esteja relacionado a
mudanças climáticas. “Este ano, tivemos mesmo chuvas acima da média,
mas, em outros anos, como em 2009, também tivemos essas ocorrências”,
afirma a meteorologista Cláudia Valéria, do Instituto Nacional de
Meteorologia (Inmet).
Ainda segundo ela, só é possível concluir se esse
tipo de situação já significa mudança climática se forem notados padrões
diferentes dentro de um período de 30 anos. “Acontecem variações de um
ano para o outro, porque temos fenômenos meteorológicos que atuam e não
são fixos, assim como nada na atmosfera é fixo”. Este ano, os índices
foram de 394,2 mm em abril (numa média de 309,7mm), 639 mm em maio
(média de 359,9) e 352,8 mm em junho (243.7 mm, em média).
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