Cidade fundada por alemães preserva herança europeia na comida e na música

Paulo Leonardo - Hoje em Dia

Wesley Rodrigues/Hoje em Dia

Rodrigo Moura – Diretor artístico do Inhotim é o entrevistado do “Página Dois” desta segunda

Uma Oktoberfest que se preze tem que ter: muita gente, muita música, muita comida e... muita cerveja, claro. Somente em Blumenau, onde acontece a segunda maior festa do gênero do mundo, são centenas de milhares de litros de chope consumidos a cada edição, ao lado outros tantos quilos de salsicha e eisbein (joelho de porco).

Até o dia 25, serão milhares de turistas invadindo a cidade de 261 mil habitantes, a 160 quilômetros a oeste da capital catarinense, Florianópolis.

Eles vão ver que Blumenau parece ter sido criada para sediar a Oktoberfest – mas foi sempre assim: casas em estilo enxaimel, comum em algumas regiões da Alemanha; restaurantes típicos, com pratos genuinamente alemães, como o marreco com repolho e o já citado eisbein; muita gente loira e de olhos azuis, pele avermelhada de sol e sotaque carregado e diversas marcas de cerveja, boa parte delas feitas de modo artesanal.

A Oktoberfest, que chega à 32ª edição, é realizada dentro da Vila Germânica, no Bairro da Velha. Ao contrário da Oktoberfest de Munique, a versão brasileira cobra ingresso: entre R$ 11 e R$ 33, dependendo do dia escolhido.

A Oktoberfest só chegou lá em 1984 (seis anos depois de Itapiranga ter começado a sua própria versão da festa) e hoje reúne quase tantas atrações quanto a original alemã: são quase 30 bandas, sendo uma da Alemanha (a Elbmusikanten), tocando músicas típicas daquele país e também daqui, em 450 horas de animação nos quatro pavilhões; três restaurantes de comida típica; chope servido à vontade através de 50 bicas espalhadas pelo complexo.

Hospedagem

As operadoras e agências de turismo têm muitas opções de hotéis e pousadas para quem for à Oktoberfest de Blumenau. Mas uma sugestão interessante é a que foi dada pelo grupo AlugueTemporada, representantes do grupo HomeAway.

Uma boa opção é procurar hospedagens em Balneário Camboriú e ir até Blumenau em um dos diversos ônibus que fazem o trajeto. A cidade do litoral norte catarinense tem 230 casas ou apartamentos anunciados no AlugueTemporada.

E ficar em Camboriú ainda conta com o atrativo extra de se ter belas praias e uma animadíssima vida noturna. Ou seja: você acabará fazendo duas viagens em uma.

Outubro tem as festas dos imigrantes europeus no interior

Além de Blumenau, há festas similares em Brusque (Fenarreco), Itajaí (Marejada), Jaraguá do Sul (Schützenfest), Rio do Sul (Kegelfest), Corupá (Bananenfest) e Timbó (Festa do Imigrante). Mais para o interior acontecem a Tirolerfest, em Treze Tílias, no norte do Estado; a Oberlandfest em Rio Negrinho e a Oktoberfest de Itapiranga, próximo da divisa com a Argentina.

Na Grande Florianópolis ocorre a Fenaostra e, em São Pedro de Alcântara, a 9ª Oktobertanz. No sul do estado, a Heimatfest em Forquilhinha.

A original

Quem começou tudo isso, claro, foram os alemães, criadores da Oktoberfest original, de Munique, que está em 182ª edição.

Conta a história que a festa começou, na verdade, com o casamento do príncipe Ludwig com a princesa Therese von Sachsen-Hildburghausen, em 12 de outubro de 1810. Depois de cinco dias de comemoração, organizou-se uma corrida de cavalos em homenagem aos noivos, que foi acompanhada por uma festa para o povo da Baviera. Essa comemoração foi repetida no ano seguinte e a partir daí, nasceu a Oktoberfest.

Nesta edição da Oktoberfest original, espera-se um público de 6 milhões de pessoas.
aluguetemporada.com.br

A Oktoberfest mais antiga de Santa Catarina é a de Itapiranga, que acontece desde 1978. A de Blumenau começou seis anos depois, para angariar fundos para as vítimas de uma grande enchente