MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 2 de agosto de 2015

Mercado já cobra bem-estar de animais abatidos


Mesmo que timidamente, vem aumentado preocupação de consumidores com bem-estar animal na hora de criar e abater
JORNAL O HOJE - GO


Deivid Souza
Aforça do consumidor brasileiro tem feito surgir novas exigências para a indústria e o comércio. Uma das novas demandas é a busca por carne produzida respeitando os critérios do bem estar animal, ou seja, garantia de que a carne adquirida provém de um animal que teve saúde, conforto, alimentação adequada, segurança, condições para expressar seu comportamento natural e não tenha sofrido: dor; medo ou angústia.
No Brasil a iniciativa ainda dá os primeiros passos, mas em alguns países mais desenvolvidos, esses procedimentos são uma exigência do consumidor. Em algumas nações, existem até cursos superiores para tratar do assunto.
A diretrizes do bem estar animal existem tanto para as criações para pesquisa, produção de carne para consumo e animais domésticos. “Se adotam critérios científicos para isso. Tem que ter o papel do médico veterinário para dizer o que é bom para o animal, e como tem que ser criado o animal”, complementa a presidente da Comissão de Bem-estar Animal do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Goiás, Ekaterina Akimovna Botovchenco Rivera.
Os produtores afirmam que já cumprem uma série de normas que visam mais qualidade de vida para os bichos. O Ministério da Agricultura, Pesca Abastecimento (Mapa) também já tem uma série de recomendações e até normas sobre o assunto que vão desde o transporte ao abate. Tudo pensando no conforto dos animais.
Influência
Dono de um dos maiores rebanhos bovinos do mundo, mesmo com queda de 9,3% no abate em relação ao primeiro trimestre de 2014, nos três primeiros meses de 2015, o Brasil abateu 7,732 milhões de cabeças de bovinos, conforme números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esses animais são tanto para o consumo interno quanto para exportação. Por este motivo, muitas produções seguem orientações específicas dos compradores externos e influenciam o modo de criação, transporte e abate, seja de bovino, frangos, suínos, entre outros.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado de Goiás (Sindicarne-GO), José Magno Pato, acredita que o consumidor brasileiro vai se preocupar ainda mais com a origem e a forma de criação dos animais que dão origem à carne que consome. "O produtor tem que ficar preparado. Nós estamos globalizados. O que valer lá fora, vai valer aqui. O consumidor está mais exigente, inclusive, neste processo", avalia.
Comissão
Desde 2008 o Mapa já tem uma instrução normativa que trata do bem estar animal. Também foi instituída, em 2008, a Comissão Técnica Permanente de Bem-Estar Animal (CTBEA) para cuidar das questões relativas ao tema.
Os servidores atuam em diversas áreas como inspeção de produtos de origem animal, vigilância agropecuária, relações internacionais, saúde animal, câmaras setoriais, entre outras. Entre as práticas adotadas para o bem estar animal está a condição de transporte que prevê que os animais não sejam transportados por mais de dez horas. Embora polêmico, o "abate humanitário" prega a morte do animal, no caso dos bovinos, por meio de uma espécie de tiro de ar comprimido, para que não haja sofrimento.

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