MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 1 de agosto de 2015

Mães do DF promovem 'mamaço' e pedem respeito à amamentação


Pautas incluem licença maternidade de seis meses e creche no trabalho.
'Não é só alimento nutricional, também é afetivo', diz mãe e empresária.

Mateus Rodrigues Do G1 DF
Mães e ativistas a favor da amamentação se reúnem em 'mamaço' na Asa Norte, no DF (Foto: Maristela Holanda/Arquivo pessoal)Mães e ativistas a favor da amamentação se reúnem em 'mamaço' na Asa Norte, no DF (Foto: Maristela Holanda/Arquivo pessoal)
Mães e famílias do Distrito Federal se reuniram na tarde deste sábado (1º) em um ato para divulgar a importância da amamentação até os dois anos de idade e cobrar a garantia desse direito no ambiente de trabalho. Segundo as organizadoras, a expectativa era de reunir 50 mães no "mamaço" na quadra 412 Norte.
O direito das mães que trabalham fora de casa é tema da Semana Mundial de Amamentação, que começa neste sábado, dia mundial do tema, e vai até o próximo dia 7. Levantamento do Ministério da Saúde aponta que apenas 66% das mulheres que trabalham fora de casa conseguem manter a alimentação no peito até a criança completar um ano.
"Nós temos pesquisas que mostram que o aleitamento materno reduz em até 13% a mortalidade das crianças menores de 5 anos", declarou a secretária nacional de Atenção à Saúde, Lumena Castro Furtado, em entrevista à TV Globo.
Participante do "mamaço" deste sábado, a empresária Maristela Holanda afirma que mesmo direitos assegurados por lei, como a licença-maternidade, ainda não são cumpridos à risca. Mãe de duas crianças, ela vende suportes de tecido que deixam os bebês junto ao peito – os "slings".
Mães e ativistas a favor da amamentação se reúnem em 'mamaço' na Asa Norte, no DF (Foto: Maristela Holanda/Arquivo pessoal)Mães e ativistas a favor da amamentação se reúnem em 'mamaço' na Asa Norte, no DF (Foto: Maristela Holanda/Arquivo pessoal)
"A luta começa pela licença-maternidade, para que seja ampliada para seis meses em todos os setores. É um direito que não é só da mãe, mas da criança também", diz. Para ela, o retorno ao trabalho pode afastar o bebê da alimentação exclusiva no peito, se a empresa não tiver estrutura adequada.
"Isso passa pela flexibilização do horário, das metas, pela oferta de creche no ambiente profissional. Amamentar não é só encher a barriga da criança, não é só nutricional, também é alimentação afetiva".
Demandas
O primeiro ato organizado pelo grupo foi em 2013 quando Maristela amamentava a filha Maria, hoje com 3 anos. Agora é a vez do pequeno André, que faz o primeiro aniversário em setembro. "Ele já come outras coisas, mas ainda mama na hora que quiser", diz.
A Organização Mundial de Saúde recomenda a amamentação no mínimo até a criança completar 1 ano. Até os 2 anos, segundo o órgão, o ideal é alternar o peito com outros alimentos. Em anos anteriores, o grupo de mães do DF organizou as reuniões na Esplanada dos Ministério e na Torre de TV para pedir maior atenção ao tema.
"A gente quer desmistificar esse tabu. Amamentar é uma coisa feia, nojenta, escandalosa? Não é, é uma coisa normal. O ideal era que não precisássemos fazer esse mamaço. A questão não é chocar é conscientizar que a criança não deve ter horário ou estrutura rígida para se alimentar", diz a empresária.
Campanha
Na rede pública de saúde do DF, as ações de promoção do aleitamento materno começaram nesta sexta (31). "O intuito é chamar a atenção sobre os benefícios e a importância da amamentação e como podemos apoiar as mulheres que trabalham para que mantenham o aleitamento após o retorno as atividades laborais", disse a coordenadora dos Bancos de Leite do DF, Miriam Santos.
A iniciativa ocorre em mais de 170 países, mas no DF se estenderá até 15 de agosto. A data foi criada em 1991 pela Aliança Mundial para Ação Aleitamento Materno. Um segundo "mamaço" está marcado para a próxima quinta-feira (6), na Praça dos Três Poderes.
A Secretaria de Saúde oferece consultoria para empresas e instituições públicas para a implantação da sala de apoio à amamentação, com poltrona e freezer para que as mães possam extrair e armazenar o leite durante o expediente. Há atualmente oito espaços do tipo na rede.

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