Acompanhantes e funcionários ajudaram no parto em Vitória da Conquista.
No domingo, outro bebê que nasceu na recepção não resistiu e morreu.
Através de nota, a Fundação de Saúde de Vitória da Conquista, responsável por administrar o Hospital Esaú Matos, informou que o bebê estava natimorto e "com sinais de maceração e abolamento. Ou seja, ele já se encontrava morto há pelo menos um dia, conforme laudo médico". A nota ainda informa que a mãe do bebê que nasceu morto veio de Itambé, sem regulação para ser atendida em Vitória da Conquista nesse domingo.
Acompanhantes de pacientes internados no hospital presenciaram os partos e o desespero das outras grávidas que aguardavam por atendimento. O vídeo registrado por uma das pessoas que estavam no local mostra um segurança com um lençol, usado para proteger a mulher que está em trabalho de parto. Em outra imagem é possível ver o bebê logo após o nascimento.
“A moça falou assim: está nascendo! Quando eu vi a cabeça da criança, eu simplesmente puxei. Como eu sabia mais ou menos como é que era, puxei. Quando eu estava com a criança na minha mão foi que eles vieram de lá para cá com a maca”, descreveu Geisa Nascimento.
Na manhã de domingo, outra mulher precisou da ajuda da cabeleireira na recepção. Segundo Geisa, quando o bebê já estava nascendo, as enfermeiras levaram a mãe para dentro do hospital, mas a criança não resistiu e morreu. Gisele dos Santos, tia do bebê, reclamou do atendimento do hospital.
“Os funcionários foram chamar lá dentro. Ela [funcionária] simplesmente puxou pelo braço da minha irmã e carregou lá para dentro, igual a um cachorro. Ela puxou correndo, puxou a menina pelo braço, nem a sandália a menina pegou e [estava] sentindo muita dor”, criticou Gisele dos Santos.
O autônomo Antônio Lúcio Santos conta que presenciou os atendimentos no hospital e descreveu as situações como "desesperadoras". “Quem estava aqui era desesperador. Era algo que eu na minha vida nunca vi um tratamento com o ser humano tão terrível, tão horrível quanto foi aqui”, lamentou.
Segundo informações do Hospital Municipal Esaú Matos, na tarde de domingo, a médica que estava atendendo no Hospital Geral da cidade foi atender na unidade. Já durante a noite também teve médico plantonista, mas até esta segunda-feira (9) não se sabe se terá médico para atender no hospital.
Em nota, a Fundação de Saúde ainda destaca que vai investigar, em separado, todas as situações, e que as gestantes passam bem.
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