MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Não teria sido melhor continuarmos sustentando a Corte?


Dione Castro e Silva
“O sonho embutia uma profecia que ele só confidenciou a poucos: a aproximação renderia excelentes resultados para ambos.” Reparem que a revista Veja faz questão de assinalar que o indivíduo em questão tem três qualidades imprescindíveis e altamente valorizadas neste Brasil de miseráveis: é bom de negócios, leia-se negociatas, bem-sucedido e rico! Em resumo, um cidadão exemplar, acima de qualquer suspeita?! Mesmo assim, sonhava em aproximar-se do ‘apedeuta’ e sabia que essa aproximação renderia “excelentes resultados para ambos”. Não para o Brasil nem para os brasileiros honestos, decentes e escorchados por altíssimos impostos (carga quase insuportável), do andar de baixo, que carregam todo o andar de cima, via BB, CEF, BNDES etc – deviam tirar esse S do banco, a não ser que tenha o mesmo sentido do ‘social’ do governo (?) Sarney et caterva.
Resumo da ópera (bufa): se, ao conhecer o ‘apedeuta’ e com este fazer ‘negócios’ – afinal, ele é bom de negócios, rico etc., ele já era rico, imagine agora, depois de anos de estreita amizade e negócios(???) com o ex, perdão pela má palavra, presidente desse país?!
Sempre que leio as biografias dessas ratazan…, digo, desses ‘empresários’ tupiniquins, eternamente agarrados na bolsa da viúva, que é quem sustenta suas ‘empresas’, acumpliciados com a canalha política, lembro de um filme ao qual assisti na TV por assinatura, há alguns anos atrás: é sobre um dos duques de Guise, toda-poderosa família ‘nobre’ francesa antiquíssima.
“PORQUE EU POSSO”
Um desses duques, da época feudal, era um pedófilo convicto, acobertado pelo seu padre confessor: na cidade onde ele chegava, começavam a ‘desaparecer’ os meninos pobres do povo. Depois de usá-los, ele os matava. Após várias mortes ‘misteriosas’, conseguiu-se que a polícia começasse a investigar os crimes. Dessa investigação, participava um ex-padre que fora excomungado. Pois bem, no final do filme, quando já estava estabelecida a materialidade e autoria dos crimes, a culpabilidade do duque, este – cercado pelos servos revoltados, o castelo em chamas – tem o seguinte diálogo com ex-padre, na iminência de matá-lo: “Sabe por que eu faço isso?”. E, desdenhosamente, com ar de grão-senhor, ele mesmo responde para o ex-padre: “Porque eu posso!”
É assim que a politicalha – independente de partido político – que governa esse país nos vê: servos da gleba que só tem uma obrigação: sustentá-los “à tripa forra”, entregar-lhes a chave do cofre para que possam fazer saques bilionários para bancar seus luxos e privilégios, sempre ‘garantidos’ pelo Tesouro Nacional, isto é, por nós, otár…, digo, pagadores de impostos.
Fico pensando: para sustentar esses vermes, alguns analfabetos, homicidas, verdadeira escória social, não seria melhor continuarmos sustentando a Corte?! Pelo menos aparentemente, era melhor!

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