Por mês, 150 empresas de Apucarana, no PR, fabricam 5 milhões de peças.
Empresários dizem que agilidade e criatividade são os atrativos do negócio.
As 150 empresas da cidade fabricam cinco milhões de peças por mês, ou seja, mais da metade da produção brasileira. O número impressionante é reflexo de estratégias adotadas pelas fábricas para frear a invasão chinesa. “Estamos em uma fase boa. Com isso, a concorrência fica mais equilibrada”, diz um empresário.
Segundo a associação das empresas, se antes os bonés fabricados na China eram responsáveis por 40% do mercado, agora essa participação não chega a 20%. O avanço brasileiro é resultado de um esforço criativo que lança uma novidade atrás da outra. “Uma das nossas vantagens, em relação ao mercado asiático, é que temos mais agilidade”, pontua outro fabricante.
A inovação não ocorre apenas no design do acessório, mas em todos os setores. Às vezes, uma ideia simples pode representar economia e aumento na produção.
Do pequeno laboratório do mecânico Claudir, saem peças que mudam a rotina da fábrica de bonés. Um protetor instalado nas máquinas de costuras evita acidentes com agulhas quebradas. Dois modelos de guilhotinas cortam aparas durante a costura. Antes o serviço era feito com tesoura, que foi aposentada de vez.
E essa eficiência é medida na hora. Cada máquina tem um contador que mostra a produção das costureiras. “Nós precisamos da contagem correta, para que cada um faça o trabalho da forma mais adequada”, explica o inventor.
São as armas nacionais, de Apucarana, na guerra contra os bonés importados.
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