Ao
anunciar a “obrigatoriedade”do PMDB de Itabuna apoiar o nome do deputado
Augusto Castro para prefeito em 2016, o colunista político Marco Wense criou
alguns embaraços para a cúpula local do partido, pois a “notícia”, foi segundo
anunciada, teria sido oriunda da fonte mais importante do PMDB da Bahia- o
presidente Geddel Vieira Lima.
Nesse
caso específico, averiguada e confirmada a informação, cabe à direção municipal
do PMDB duas alternativas: a) balançar a cabeça feito vaca de presépio e b)
renegar o cabresto que Marco Wense anuncia como do ex ministro e mais
importante membro do partido de Michel Themer, o cacique Geddel Vieira Lima.
Presidente
interino do PMDB de Itabuna, o advogado Pedro Arnaldo, afirma que a cúpula
local não aceita imposição de cima pra baixo e que a diretoria irá se deslocar
até Salvador parar ouvir da própria boca de Geddel Vieira Lima se a
determinação de apoio a Augusto Castro como candidato a prefeito do PSDB é
falsa ou verdadeira e, caso confirme a notícia, só restaria um caminho ao diretório
Municipal de Itabuna, que seria entregar o partido.
Conhecendo
o pessoal que dirige o PMDB de Itabuna não acredito no factóide criado pela
informação do colunista Marco Wense e nem que Geddel Vieira Lima, político
experimentado e de longo curso, fosse cair na esparrela de manifestar apoio ao
deputado Augusto Castro, até porque a disputa municipal está distante e os
fatos políticos são sempre postos na mesa na hora oportuna e ainda temos
provável reforma política a ser aprovada até setembro vindouro, prazo limite
para mudar a história das eleições de 2016.
Nada
impede que o PMDB de Itabuna vir a apoiar qualquer candidato em 2016, mas tudo
dentro das perspectivas históricas, de análises mais aprofundadas, onde os
interesses locais do município, dos filiados partidários, com vistas,
inclusive, voltadas para 2018. Contudo, nada que implique em obediência cega e
sem uma discussão prévia, que atropele a cúpula municipal.
Sabemos,
inclusive, que há interesses partidários em jogo, que leve o PMDB a firmar essa
aliança com o PSDB e já se comenta no nome da vice, figura proeminente da
política local nos anos 80 e que, pelos vínculos pessoais, pode levar Renato
osta a hipotecar total apoio à chapa.
No
entanto, como o “tempo é senhor das razões”, acreditamos que uma antecipação
dessa ordem e como a notícia foi anunciada de forma peremptória, autoritária,
esse “casamento” pode ser melado, ou seja, desautorizado pela cúpula do PMDB
baiano, onde os irmãos Vieira Lima temo maior respeito por Renato Costa, Pedro
Arnaldo e demais membros do partido em Itabuna, que não aceitariam de bom grado
a interferência, de cima pra baixo, ou estariam se desmoralizando publicamente,
ao aceitar, sem prévias discussões, um nome estranho no ninho, até porque o
grupo que dirige PMDB de Itabuna tem em
vista atrair lideranças de proa da comunidade local para fortalecer ainda mais
as pretensões hegemônicas do partido.
O
fato é que a inexperiência e afoiteza do deputado Augusto Castro poderá
inviabilizar o apoio do PMDB de Itabuna à sua candidatura precoce e dificultar
sua caminhada na política itabunense, quando terá adversários mais difíceis de
serem batidos nas urnas e sem tantos desgastes.
A
pressa em anunciar apoios definitivos antes do prazo é que irá dificultar a
vida política do deputado que vem anunciando, nos blogs (onde é imbatível), a
solução da saúde de Itabuna, a duplicação da BR-415 e a construção da barragem
de Itapé como obras de sua autoria e influência – um deputado de oposição. O
caminho da mentira nunca prevalece e tem vida curta, da mesma forma que
anunciar “casamentos”antes do prazo pode terminar não dando Certo.
José Adervan de Oliveira
Jornal Agora
p/ ARI RODRIGUES
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