Usuária do sistema público diz que vaga em fila de hospital custa R$ 20.
Secretaria de Saúde encaminhou denúncia à Polícia Federal.
No hospital do bairro Primavera, Zona Norte, os problemas encontrados são a demora no atendimento e a falta de um equipamento de oftalmologia. Já no hospital do bairro Satélite, Zona Leste, além da longa espera os pacientes também enfrentam dificuldades para marcar consultas e até a venda de vagas nas filas de espera.
De acordo com Francisca Alves, a venda de vagas no hospital do Satélite é rotineira e custa em média R$ 20. “Duas mulheres chegam cedo e guardam vagas. A medida que elas vão vendendo as vagas vão colocando as pessoas na fila e isto ocorre todos os dias. Eu mesma chego duas horas da madrugada e não consigo porque as vagas estão compradas”, afirma.
No local, o setor de consulta sempre está cheio e o número de cadeiras é insuficiente para a demanda dos pacientes. Mesma situação enfrentada pelos pacientes que precisam buscar atendimento no hospital do bairro Primavera. Segundo a agricultora rural Maria da Guia Rodrigues, mesmo com a demanda menor que a da unidade da Zona Leste, a espera para conseguir atendimento no hospital da Primavera também é longa. “Depois de três horas de espera ainda não consegui atendimento”, relata.
No hospital da Zona Norte além da demora no atendimento, existe ainda a suspensão de exames oftalmológicos devido à quebra de um aparelho. Os pacientes estão sendo encaminhados para outras unidades de saúde.
O secretário municipal de saúde, Noé Fortes, afirma que a demanda dos hospitais municipais é muito grande, atendendo pessoas até de outras cidades do Piauí e de outros estados. O gestor afirmou que a venda de vagas foi denunciada pelo próprio diretor da unidade da Primavera e que o caso foi encaminhado para investigação da Polícia Federal. Além disso, a Polícia Militar será alertada para atue no sentido de que esse tipo de venda não mais ocorra.
Noé disse ainda que o prefeito de Teresina, Firmino Filho, irá se reunir com a diretoria do Hospital Getúlio Vargas (HGV) para que aumente a disponibilidade de leitos e cirurgias na área de ortopedia.
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