segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Teresinenses denunciam venda de vagas em fila de hospitais públicos


Usuária do sistema público diz que vaga em fila de hospital custa R$ 20.
Secretaria de Saúde encaminhou denúncia à Polícia Federal.

Do G1 PI

Os problemas no atendimento aos pacientes nos hospitais de bairros se repetem em todas as regiões de Teresina. Estruturas precárias, falta de equipamentos, número insuficiente de profissionais para atender os pacientes e até denúncias de irregularidades graves, como a venda de vagas nas filas de marcações de consultas e de atendimentos são alguns dos principais problemas na saúde pública da capital.

No hospital do bairro Primavera, Zona Norte, os problemas encontrados são a demora no atendimento e a falta de um equipamento de oftalmologia. Já no hospital do bairro Satélite, Zona Leste, além da longa espera os pacientes também enfrentam dificuldades para marcar consultas e até a venda de vagas nas filas de espera.

De acordo com Francisca Alves, a venda de vagas no hospital do Satélite é rotineira e custa em média R$ 20. “Duas mulheres chegam cedo e guardam vagas. A medida que elas vão vendendo as vagas vão colocando as pessoas na fila e isto ocorre todos os dias. Eu mesma chego duas horas da madrugada e não consigo porque as vagas estão compradas”, afirma.

No local, o setor de consulta sempre está cheio e o número de cadeiras é insuficiente para a demanda dos pacientes. Mesma situação enfrentada pelos pacientes que precisam buscar atendimento no hospital do bairro Primavera. Segundo a agricultora rural Maria da Guia Rodrigues, mesmo com a demanda menor que a da unidade da Zona Leste, a espera para conseguir atendimento no hospital da Primavera também é longa. “Depois de três horas de espera ainda não consegui atendimento”, relata.

No hospital da Zona Norte além da demora no atendimento, existe ainda a suspensão de exames oftalmológicos devido à quebra de um aparelho. Os pacientes estão sendo encaminhados para outras unidades de saúde.

O secretário municipal de saúde, Noé Fortes, afirma que a demanda dos hospitais municipais é muito grande, atendendo pessoas até de outras cidades do Piauí e de outros estados. O gestor afirmou que a venda de vagas foi denunciada pelo próprio diretor da unidade da Primavera e que o caso foi encaminhado para investigação da Polícia Federal. Além disso, a Polícia Militar será alertada para atue no sentido de que esse tipo de venda não mais ocorra.

Noé disse ainda que o prefeito de Teresina, Firmino Filho, irá se reunir com a diretoria do Hospital Getúlio Vargas (HGV) para que aumente a disponibilidade de leitos e cirurgias na área de ortopedia.

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