MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 23 de novembro de 2013

Rombo de US$ 7 bi nas contas externas

Correio Braziliense -
O Brasil registrou, em outubro, rombo de US$ 7,1 bilhões nas contas externas. Com isso, o deficit acumulado no ano atingiu a marca de US$ 67,5 bilhões, um aumento de R$ 28 bilhões (71%) ante os 10 primeiros meses de 2012. Os números acenderam o sinal de alerta no mercado, sobretudo diante da iminente mudança na política monetária dos Estados Unidos. A perspectiva é de que a taxa de juros da maior economia do planeta suba nos próximos meses, atraindo boa parte dos capitais que hoje financiam o Brasil. Em 12 meses, o buraco nas transações correntes do país com o exterior alcançou o recorde de US$ 82,2 bilhões, equivalente a 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB), nível de países à beira de crises cambiais.
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, atribuiu a deterioração nas contas externas aos saldos negativos da balança comercial e ao segmento de serviços. Segundo ele, da variação entre os 10 meses do ano passado e os deste ano, US$ 19,2 bilhões correspondem ao aumento das importações e US$ 6,3 bilhões ao dos serviços. "Os dois juntos respondem por US$ 25,5 bilhões dos US$ 28 bilhões. Por que a balança está com esse comportamento? Porque as exportações recuaram cerca de 1% no acumulado do ano e as importações cresceram 9,4%", avaliou.
Para piorar essa situação, o deficit da indústria chegará a US$ 100 bilhões em dezembro, o que significa dizer que, entre os parceiros comerciais, o país só registra superavit nas transações com a China e a Argentina. O economista-chefe do Espirito Santo Investment Bank, Jankiel Santos, explicou que parte desses problemas pode ser explicada pelo fato de o governo insistir em estimular o consumo em um momento de cenário econômico desfavorável. O analista ressaltou que se soma a isso o fato de o preço das commodities ter recuado, uma vez que a China reduziu o crescimento e, assim, a compra de produtos agrícolas. "O vilão que contribuiu para essa piora é a balança comercial."
 ArmadilhaPara o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais (Sobeet), Luís Afonso Lima, a balança comercial não deve melhorar o suficiente para reverter o quadro deficitário. E, para piorar, o investimento estrangeiro direto tem desacelerado. De janeiro a outubro, o saldo é de US$ 49,1 bilhões, enquanto no mesmo período de 2012 foi de US$ 55,3 bilhões. Lima também comentou que o crescimento da entrada do capital especulativo para financiar o rombo pode ser uma armadilha, pois esses investidores estão de olho nos ganhos de curto prazo. (AT)
 

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