Programa do Sebrae capacita taxistas para Copa do Mundo de 2014

Capacitação ensina a controlar gastos e dá dicas de como fidelizar clientes.
Motoristas de cooperativa mineira diz que tiveram aumento de produtividade.

Do PEGN TV

 Aproveitando as oportunidades geradas pela Copa do Mundo de 2014, um programa de empreendedorismo do Sebrae ensina como melhorar os negócios dos taxistas. "Taxista empreendedor" é um curso de capacitação à distância criado especialmente para os profissionais da área.
A iniciativa faz parte do programa Sebrae2014, que tem o objetivo de ajudar pequenos empresários a lucrar com a Copa do Mundo no Brasil. O material didático ensina ao taxista a controlar as finanças e a calcular receitas e gastos, como impostos, seguros, manutenção do veículo e combustível. O curso tem duração de 60 dias e pode ser feito on-line.
“Essa capacitação foi criada pelo Sebrae nacional para os 27 estados. Ela está disponível para todos os taxistas interessados e visa a questão de gestão de marketing, de finanças, de pessoas (...), além do taxista poder estudar em seus momentos ociosos", diz Grazielle Cotta, do Sebrae de Minas Gerais.
Ao concluir a capacitação, o taxista recebe um selo que deve ser colado no parabrisa do carro.
Resultados positivos
Mais de 600 profissionais de Minas Gerais já participaram do programa. Uma cooperativa de táxi de Belo Horizonte, que será uma das cidades-sede da Copa e que tem mais de 12 mil taxistas, participa da capacitação do Sebrae. Os carros da frota são pretos e, na maioria das vezes, de alto padrão. Os motoristas recebem um kit com material didático e estudam nas horas vagas.
“Aqui é o nosso escritório, onde a gente passa oito, dez horas por dia não diretamente dirigindo, às vezes num ponto de táxi parado. E é onde a gente consegue escutar um CD, assistir um DVD e ler um livro, as revistas de empreendedorismo”, diz o taxista Robert Warley.
O DVD que acompanha o kit ainda dá dicas de como fidelizar o cliente, entre outras. Para isso, o motorista precisa ser cordial, conhecer bem a cidade e oferecer um serviço diferente do trivial.
Aprender outro idioma também é indispensável para quem é do ramo. “Tivemos solicitações de motoristas bilíngues e não foi suficiente. Todos os taxistas perceberam isso e já estão mais focados em terminar o curso”, diz o taxista Francisco Antônio Nunes.
Equipamentos eletrônicos também podem ajudar o ofício e chamar a atenção dos clientes. Na cooperativa mineira, todos os carros são equipados com tablets. É por meio dele que os motoristas recebem as informações básicas das corridas, como o nome do cliente, o endereço e a forma de pagamento. É possível também verificar como está o trânsito na cidade e simular uma corrida para saber quanto ela vai custar. O aparelho também serve como roteador de sinal de internet.
Além disso, os tablets permitem que o motorista envie um alerta caso se encontre em situação de risco.
A qualificação do serviço rendeu bons resultados para a cooperativa, como um ponto em um hotel de luxo da capital mineira. “Dentro do serviço que a gente solicita de um táxi [estão] a questão da pontualidade, excelência na prestação de serviço, a questão de segurança, as pessoas serem capacitadas no atendimento do nosso cliente, muitas vezes até em outro idioma também”, diz Pedro Varella, gerente do Ouro Minas Palace Hotel.
Os taxistas também aumentaram a lucratividade do negócio após a capacitação. “Melhorei 30% do meu faturamento trabalhando menos, ou seja, tenho uma qualidade melhor de vida”, diz Warley.
CONTATOS:
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OURO MINAS PALACE HOTEL
Contato: Pedro Varella (gerente)
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