MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

'Vamos até o fim', diz ministro na Bahia sobre programa Mais Médicos

Ele criticou atuação de conselhos profissionais em relação ao programa.
Médico angolano fala da adaptação à cidade: 'Não tive dificuldade'.

Ruan Melo Do G1 BA

'Vamos até o fim', diz ministro na Bahia sobre programa Mais Médicos (Foto: Ruan Melo/ G1)Padilha visita PSF em Salvador (Foto: Ruan Melo/ G1)
O Programa de Saúde da Família (PSF) de Nova Constituinte, no subúrbio de Salvador, foi visitado pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na manhã desta sexta-feira (27). Durante o encontro, Padilha se reuniu com dois estrangeiros que fazem parte do programa Mais Médicos no estado.
Segundo o ministro, a expectativa é que mais médicos cheguem ao Brasil nos próximos meses. "Aos poucos vamos mudando a realidade do país. Todo mês vamos continuar abrindo inscrições para médicos brasileiros e estrangeiros. Em outubro vamos receber 2 mil médicos estrangeiros. Até o primeiro semestre do ano que vem vamos fazer de tudo para ocupar as vagas que os municípios pedem".
Padilha criticou a atuação dos conselhos profissionais em relação ao programa. Segundo ele, alguns profissionais estão sendo ameaçados. "Mesmo com as ameaças dos conselhos profissionais vamos até o fim. Vamos levar os médicos para as pessoas que precisam. Aos poucos vamos vencer as resistências".
Questionado sobre uma suposta candidatura ao governo de São Paulo, Padilha falou que está focado no ministério. "Sou médico e não tem nada que me deixe mais animado. Vamos até o fim. Vamos enfrentar toda a resistência".
O ministro visita ainda nesta manhã outro PSF no Alto do Cruzeiro, também em Salvador.
Médico angolano na Bahia (Foto: Lílian Marques/ G1)Francisco Manoel é fã de caruru
(Foto: Lílian Marques/ G1)
Médicos
O médico angolado Francisco Manoel é um dos dois estrangeiros que trabalham em Nova Constituinte. Casado e com três filhos, Francisco conta que atuou como médico geral em Portugal desde 1995. Esta sexta-feira marca o quarto dia de trabalho dele no posto.
"No primeiro dia conheci a comunidade, os arredores. No segundo, tive reunião com os agentes comunitários e ontem [quinta-feira] comecei a atender. Atendi 18 pessoas. Não tive dificuldade. Só o sotaque um pouco que eu sinto a diferença", relata o médico.
Franscico conta que está totalmente habituado com a cultura baina. Fã de caruru, ele disse que não teve problema em se comunicar com a população. "Já comi quiabada, caruru. Essas comidas todas de vocês são nossas lá em Angola também. Gosto das pessoas daqui. São gente boa, vem com sorriso. Uma pessoa que estava atendendo me ofereceu um sabonete pra lavar as mãos. Fiquei comovido com esse gesto, foi bastante bonito", descreve.
A moradora Adriana Francisca levou o filho, Pedro Henrique, para se consultar com o médico Francisco. Segundo ela, não houve dificuldade na comunicação. "Deu pra entender tudo certinho", conta.

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