Ele criticou atuação de conselhos profissionais em relação ao programa.
Médico angolano fala da adaptação à cidade: 'Não tive dificuldade'.
Padilha visita PSF em Salvador (Foto: Ruan Melo/ G1)
O Programa de Saúde da Família (PSF) de Nova Constituinte, no subúrbio
de Salvador, foi visitado pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na
manhã desta sexta-feira (27). Durante o encontro, Padilha se reuniu com
dois estrangeiros que fazem parte do programa Mais Médicos no estado.Segundo o ministro, a expectativa é que mais médicos cheguem ao Brasil nos próximos meses. "Aos poucos vamos mudando a realidade do país. Todo mês vamos continuar abrindo inscrições para médicos brasileiros e estrangeiros. Em outubro vamos receber 2 mil médicos estrangeiros. Até o primeiro semestre do ano que vem vamos fazer de tudo para ocupar as vagas que os municípios pedem".
Questionado sobre uma suposta candidatura ao governo de São Paulo, Padilha falou que está focado no ministério. "Sou médico e não tem nada que me deixe mais animado. Vamos até o fim. Vamos enfrentar toda a resistência".
O ministro visita ainda nesta manhã outro PSF no Alto do Cruzeiro, também em Salvador.
Francisco Manoel é fã de caruru
(Foto: Lílian Marques/ G1)
Médicos(Foto: Lílian Marques/ G1)
O médico angolado Francisco Manoel é um dos dois estrangeiros que trabalham em Nova Constituinte. Casado e com três filhos, Francisco conta que atuou como médico geral em Portugal desde 1995. Esta sexta-feira marca o quarto dia de trabalho dele no posto.
"No primeiro dia conheci a comunidade, os arredores. No segundo, tive reunião com os agentes comunitários e ontem [quinta-feira] comecei a atender. Atendi 18 pessoas. Não tive dificuldade. Só o sotaque um pouco que eu sinto a diferença", relata o médico.
Franscico conta que está totalmente habituado com a cultura baina. Fã de caruru, ele disse que não teve problema em se comunicar com a população. "Já comi quiabada, caruru. Essas comidas todas de vocês são nossas lá em Angola também. Gosto das pessoas daqui. São gente boa, vem com sorriso. Uma pessoa que estava atendendo me ofereceu um sabonete pra lavar as mãos. Fiquei comovido com esse gesto, foi bastante bonito", descreve.
A moradora Adriana Francisca levou o filho, Pedro Henrique, para se consultar com o médico Francisco. Segundo ela, não houve dificuldade na comunicação. "Deu pra entender tudo certinho", conta.
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