MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 21 de setembro de 2013

Maternidade Santa Mônica superlota com gestantes de baixo risco, em AL


Sem vaga nas enfermarias, pacientes aguardam atendimento no chão.
Diretora diz que outras cinco maternidades de Maceió estão sem vagas.

Fabiana De Mutiis e Waldson Costa Do G1 AL

Corredor da Maternidade Santa Mônica foi ocupado por gestantes. (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)Corredor da Maternidade Santa Mônica foi ocupado por gestantes. (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
A falta de controle no sistema de vagas na saúde pública de Alagoas resultou novamente, neste sábado (21), na superlotação da Maternidade Escola Santa Mônica, unidade de saúde que deveria ser destinada apenas para o atendimento de gestantes de alta complexidade. O problema, segundo a diretora médica da Santa Mônica, Daniella Bulhões, se agravou devido a lotação de outras cinco maternidades públicas da capital alagoana provocada pelo excesso de marcações de cesarianas agendas pelos médicos obstetras.
“Isso também é resultado da política de trabalho adotado pelos médicos, que ganham por produtividade e acabam agendando muitas cesáreas para os finais de semana. Precisamos acabar com esse tipo de remuneração Tipo 7 para rede credenciada ao SUS, que acontece por produtividade induzindo o plantonista a agendar até 16 cesáreas para um plantão de 24 horas. Com isso, aumenta o número de bebês prematuros em maternidades que não tem condições nem estrutura para dar suporte”, expôs Daniella Bulhões.

Sem ter para onde recorrer, gestantes de baixa e média complexidade estão buscando procedimentos médicos na Maternidade Santa Mônica. Com isso, segundo a direção, além da ocupação dos 43 leitos das enfermarias, há o excedente de 11 gestantes internadas e outras 10 esperando atendimento. Resultando em cerca de 50% por cento a mais de pacientes além da capacidade da maternidade, que só possui três obstetras de plantão.
Jovem que tinha acbado de dar à luz reve que estperar em cadeira colocada no corredor. (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)Jovem que tinha acabado de dar à luz fica em
cadeira no corredor da Santa Mônica.
(Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
“Até quando a Santa Mônica vai trabalhar desse jeito? Chegou a hora da gente parar de achar que isso é normal. Não é digno colocar uma paciente que pariu no chão ou até mesmo em uma cadeira. Isso é péssimo” completa a diretora da maternidade ao enfatizar que diante das condições, enfermeiros e médicos estão selecionando as gestantes com maiores contrações para fazer o atendimento.

Sem leitos, algumas pacientes aguardam atendimento em cadeiras e no chão da maternidade. A gestante Selma da Silva, que mal consegue falar devido as dores, está em uma cadeira de rodas na triagem. Na ocasião, ela relatou para reportagem do G1 que buscou atendimento primeiro na maternidade Nossa Senhora da Guia e como não conseguiu vaga acabou recorrendo a Santa Mônica.

Outras mulheres, que deram à luz, também aguardam nos corredores com seus bebês até vagar um leito que ela possa ficar.

Partos cesáreos
No início do mês de setembro a reportagem do G1 mostrou que que Alagoas está em terceiro lugar entre os estados que mais realizam partos cesáreos. São 48,9% dos procedimentos. Só perde para o Rio Grande do Norte com 50,5% e Espírito Santo que encabeça o ranking com 51,3%. Esses dados foram coletados pelo Datasus entre janeiro e junho de 2013 em hospitais públicos e privados que realizam partos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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