Artista americano foi uma das atrações do Palco Mundo neste sábado (21).
'Slow dancing', 'Daughters' e 'Waiting on the world' foram hits tocados.
Mas nada de conversas sobre licks, tapping, arpeggios ou outras técnicas para tocar as seis cordas. O que saíam de histéricas bocas femininas eram palavras como "lindo", "perfeito", "muso", "quero casar com ele". E em vez de cabeludos balançando a cabeça durante os solos, estão adolescentes aos prantos no telão ou segurando cartazes com declarações de amor (confira fotos da reação do público).
Em show de pouco mais de 1h10, o norte-americano apresentou sucessos como "Slow dancing in a burning room", "Half of my heart" e "Waiting on the world to change", cantadas em coro pela plateia.
Com visual de instrutor de ioga e um jeito tranquilão, Mayer teve um contato esparso com os fãs, mas afetuoso, sem arroubos exagerados de populismo de outros artistas que frequentaram o palco principal. Em "Queen of California", ele encaixa no meio da letra um "Rock in Rio" provocando os gritinhos que vão ser a tônica no lado do público até o final.
Ele combina uma técnica diferenciada na guitarra, uma voz que não é excepcional mas é bonita e afinada e composições de arranjos sossegados. Canções como "Daughters" e "Your body is a wonderland" são levadas ao violão e proporcionam um "momento James Taylor" visto em Rock in Rios de anos em que as fãs de Mayer nem sonhavam em nascer.
Vendo o relógio correr em direção ao fim do show e ouvindo vários pedidos de música, ele deu a opção para o público escolher entre "Vultures" (prevista no set list) e "Stop this train". Venceu a segunda no grito.
Em "Gravity", Mayer sola com o instrumento deitado no chão e protagoniza o momento mais "guitar hero" da noite. O senão sobre Mayer é que ele joga seguro o tempo inteiro em suas composições e não permite muitas ousadias. Se sua técnica for usada em direções mais arriscadas, pode sair coisa muito interessante daí.
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