Em cartazes, a comunidade pediu mais segurança e ações enérgicas.
Audiência pública foi adiada para a tarde desta sexta-feira (20).
Moradores caminharam às ruas e pediram segurança (Foto: Tácita Muniz/ G1)
Durante a primeira audiência pública na cidade do Bujari,
distante 24 km da capital, moradores foram as ruas com faixas e
cartazes para pedir mais segurança para a cidade. Moradores alegam que o
número de furtos tem aumentado e que a sensação de medo é unânime na
comunidade. O ato ocorreu na manhã desta sexta-feira (20), e teve como
objetivo chamar a atenção do Estado para a falta de segurança no
município.O prefeito do Bujari, Antônio Raimundo, esteve presente na manifestação. Ele avalia a cidade como pacata, mas assume que ultimamente uma onda de furtos tem deixado a população preocupada. "Nós achamos que é uma quadrilha, porque eles sabem os horários que as pessoas não estão em casa. Além disso, cometem o crime em questão de minutos", diz.
Delegado pede mais policiais no efetivo
(Foto: Tácita Muniz/ G1)
Raimundo salienta que os crimes se acentuaram após a morte do antigo
delegado morto por um disparo acidental. "O novo delegado não tem as
mesmas características que o Toledo. Os bandidos ficavam apreensivos em
vir para o Bujari, porque tinham medo de serem presos".(Foto: Tácita Muniz/ G1)
O Fórum Municipal de Segurança foi o organizador do evento, a coordenadora Edna Belém, que representa a comunidade, garante que toda a cidade está aterrorizada com a situação. "As pessoas estão com medo. Queremos mais segurança e que a Polícia Militar tenha uma estrutura para atuar, porque eles não estão realizando um trabalho que nos deixe com uma sensação de segurança", ressalta.
O delegado João Augusto pediu mais efetivo no quadro dos policiais. De acordo com ele, após a morte do antigo delegado, o número de profissionais foi reduzido em 50%. " Eram 16, hoje são oito agentes. A investigação precisa de pessoal e viatura". Augusto confirmou o número de ocorrências nos últimos dois meses, principalmente de furtos.
Maura diz que vive uma prisão dentro de casa
(Foto: Tácita Muniz/ G1)
Vítimas(Foto: Tácita Muniz/ G1)
A primeira a ser alvo da onda de furtos foi Elizete Vieira. Ela afirma que, além de ter ficado traumatizada com a situação, não obteve uma resposta rápida da polícia. "A gente percebe o descaso, porque a polícia nem foi na minha casa. Não consegui nem registrar boletim de ocorrência. Queremos segurança e apoio dos policiais".
Maura Martins teve a casa roubada, levaram objetos de valor e até cosméticos que ela costuma vender, em um desabafo, ela cobra mais segurança. "Eu saio de casa com medo, passei dias traumatizada pensando que eles iam voltar. Peço socorro, porque eu não sei o que vai ser da gente".
A audiência
Da praça no centro da cidade, os moradores caminharam até o auditório da Escola São João Batista onde seria realizada uma audiência pública para debater as reclamações e procurar medidas. A comunidade não aceitou fazer a audiência com representantes do Estado, e a audiência foi adiada para o fim da tarde desta sexta-feira (20).
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