Nos oito primeiros meses do ano, houve um déficit de US$ 3,76 bilhões.
Mesmo com superávit, saldo de agosto foi o pior para o mês em 12 anos.
A balança comercial brasileira registrou um déficit (importações
maiores que vendas externas) de US$ 3,76 bilhões de janeiro a agosto
deste ano, informou nesta segunda-feira (2) o Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Trata-se do maior
resultado negativo, para este período, desde 1995 (-US$ 4,12 bilhões).
De janeiro a agosto deste ano, as exportações somaram US$ 156,65 bilhões, com média diária de US$ 932 milhões e queda de 3% frente a igual período do ano passado, ao mesmo tempo que as importações totalizaram US$ 160,41 bilhões – com média de US$ 954 milhões por dia útil e alta de 5,7% sobre igual período de 2012.
"A situação de déficit da balança comercial é conjuntural, que se deve ao expressivo aumento das importações de petróleo e derivados. É explicado pelo comportamento da conta petróleo (...) O déficit em petróleo e derivados atinge a casa dos US$ 16 bilhões [neste ano]", declarou o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Daniel Godinho.
Segundo o secretário, o dólar alto, que barateia as exportações e torna
as compras feitas no exterior mais caras, ainda não impactou o saldo da
balança comercial brasileira. "Nossos números não confirmam nenhum
impacto do câmbio ainda na balança comercial. Há indícios. Precisamos de
dados mais globais até o fim do ano", declarou ele.
Pior resultado para agosto em 12 anos
Os números oficiais revelam que, somente em agosto, foi registrado um superávit (exportações menos importações) de US$ 1,22 bilhão na balança comercial brasileira.
Mesmo com saldo positivo, este foi o pior resultado para este mês desde 2001 – quando foi registrado um superávit de US$ 634 milhões, ainda segundo números oficiais. Na comparação com agosto do ano passado, quando foi apurado um superávit de US$ 3,22 bilhões, houve queda de 62%.
Em agosto, as exportações somaram US$ 21,42 bilhões, estáveis frente a igual mês do ano passado, enquanto as compras do exterior totalizaram US$ 20,19 bilhões – com alta de 10,2% sobre agosto de 2012.
Razões para o fraco resultado
O fraco desempenho da balança comercial neste ano acontece em meio à crise financeira internacional, que tem gerado queda do comércio mundial, e, segundo o governo federal, também está relacionado com o atraso na contabilização da importação de combustíveis e derivados.
O atraso na contabilização das importações de combustíveis aconteceu porque, em julho de 2012, a Receita Federal editou a instrução normativa 1.282, que concedeu um prazo de até 50 dias para registro das importações de combustíveis e derivados feitas pela Petrobras.
Normalmente, as empresas têm 20 dias para fazer o registro. Cerca de US$ 4,5 bilhões em importações de petróleo e derivados que aconteceram, de fato, em 2012 foram contabilizadas somente neste ano.
Ano de 2012 e expectativa para 2013
Em todo o ano de 2012, o superávit da balança comercial brasileira somou US$ 19,43 bilhões, o menor saldo positivo em dez anos. Com isso, o superávit da balança comercial registrou queda de 34,7% em relação ao ano de 2011, quando o superávit totalizou US$ 29,79 bilhões.
Para 2013, ano que ainda será influenciado pelos efeitos da crise financeira internacional e pela concorrência acirrada pelos mercados que ainda registram crescimento econômico – como é o caso do Brasil –, os economistas dos bancos acreditam que o valor do superávit da balança comercial (exportações menos importações) registrará forte queda, atingindo US$ 3 bilhões.
De janeiro a agosto deste ano, as exportações somaram US$ 156,65 bilhões, com média diária de US$ 932 milhões e queda de 3% frente a igual período do ano passado, ao mesmo tempo que as importações totalizaram US$ 160,41 bilhões – com média de US$ 954 milhões por dia útil e alta de 5,7% sobre igual período de 2012.
"A situação de déficit da balança comercial é conjuntural, que se deve ao expressivo aumento das importações de petróleo e derivados. É explicado pelo comportamento da conta petróleo (...) O déficit em petróleo e derivados atinge a casa dos US$ 16 bilhões [neste ano]", declarou o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Daniel Godinho.
Pior resultado para agosto em 12 anos
Os números oficiais revelam que, somente em agosto, foi registrado um superávit (exportações menos importações) de US$ 1,22 bilhão na balança comercial brasileira.
Mesmo com saldo positivo, este foi o pior resultado para este mês desde 2001 – quando foi registrado um superávit de US$ 634 milhões, ainda segundo números oficiais. Na comparação com agosto do ano passado, quando foi apurado um superávit de US$ 3,22 bilhões, houve queda de 62%.
Em agosto, as exportações somaram US$ 21,42 bilhões, estáveis frente a igual mês do ano passado, enquanto as compras do exterior totalizaram US$ 20,19 bilhões – com alta de 10,2% sobre agosto de 2012.
Razões para o fraco resultado
O fraco desempenho da balança comercial neste ano acontece em meio à crise financeira internacional, que tem gerado queda do comércio mundial, e, segundo o governo federal, também está relacionado com o atraso na contabilização da importação de combustíveis e derivados.
O atraso na contabilização das importações de combustíveis aconteceu porque, em julho de 2012, a Receita Federal editou a instrução normativa 1.282, que concedeu um prazo de até 50 dias para registro das importações de combustíveis e derivados feitas pela Petrobras.
Normalmente, as empresas têm 20 dias para fazer o registro. Cerca de US$ 4,5 bilhões em importações de petróleo e derivados que aconteceram, de fato, em 2012 foram contabilizadas somente neste ano.
Ano de 2012 e expectativa para 2013
Em todo o ano de 2012, o superávit da balança comercial brasileira somou US$ 19,43 bilhões, o menor saldo positivo em dez anos. Com isso, o superávit da balança comercial registrou queda de 34,7% em relação ao ano de 2011, quando o superávit totalizou US$ 29,79 bilhões.
Para 2013, ano que ainda será influenciado pelos efeitos da crise financeira internacional e pela concorrência acirrada pelos mercados que ainda registram crescimento econômico – como é o caso do Brasil –, os economistas dos bancos acreditam que o valor do superávit da balança comercial (exportações menos importações) registrará forte queda, atingindo US$ 3 bilhões.
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