MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 1 de setembro de 2013

Bahia deverá crescer 1,8% por ano até 2015

*Paula Janay Alves  A TARDE

  • Fernando Vivas | Ag. A TARDE
    Um dos destaques da produção baiana é a de derivados do petróleo
A produção industrial baiana, com destaque para os investimentos no Polo Industrial de Camaçari, será um dos propulsores do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, segundo projeção feita pelo banco Itaú.
Economistas do banco estimam que a média de crescimento do PIB da Bahia vai ficar em 1,8%, entre os anos 2011 e 2015 e 2,6%, entre 2016 e 2020, o que se aproxima do crescimento brasileiro projetado, também de 2,6%.
O número do Itaú é menor que a média de 3,1%, calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), para os anos de 2011 e 2015.
De acordo com o  economista e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Oswaldo Guerra, as duas projeções são baseadas em expectativas de investimentos futuros, o que faz com que os resultados práticos dependam muito da conjuntura econômica dos próximos anos. "Caso o baixo crescimento no Brasil e no mundo persista, a Bahia será afetada, podendo gerar  diminuição nos investimentos", afirma o professor.
Os resultados ainda podem ser impactados pelo apagão ocorrido na Bahia e no Nordeste nesta última semana, aos moldes do que aconteceu no ano de 2011, quando a Braskem anunciou prejuízo de R$ 230 milhões, resultado do apagão na região.
Segundo o superintendente da SEI, Geraldo Reis, a queda de energia pode impactar negativamente os resultados da indústria petroquímica, no entanto,  o estrago só pode ser calculado no futuro.
Investimentos
Economista responsável pelo estudo, Aurélio Bicalho explica que a Bahia é o estado do Nordeste que mais atrai investimentos no setor industrial. "Há expectativas para o setor de energia, e novas empresas estão indo para o Polo Industrial de Camaçari, o que gera a perspectiva de que o Estado tenha um crescimento mais próximo ao do Brasil", afirma Bicalho.
Para o complexo industrial estão previstos investimentos de US$ 6,2 bilhões, entre 2012 e 2015. O estudo destaca a produção de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, indústria química, atividades de apoio à extração de minerais, fabricação de celulose, papel e produtos de papel, além da indústria de couro.
Em termos de participação da produção baiana no cenário nacional, se destaca a indústria de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, que responde por  10% de toda a produção brasileira e 80% do Nordeste.
Vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Reinaldo Sampaio  considera a projeção "tímida". "A Bahia tem potencial para um crescimento muito superior a esse índice. O estudo contempla a realidade como ela está, mas novos saltos são possíveis", afirma Sampaio.
O secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, também discorda dos valores apontados pelo banco para negócios no Polo Industrial de Camaçari.
"Só o investimento da Basf foi de 1,5 bilhões. A Ford vai investir quase R$ 2 bilhões em ampliação. A JAC Motors, R$ 900 milhões. E isso estou falando só das empresas grandes", afirma o secretário. O governo ainda espera um investimento de R$ 1 bilhão da Braskem.
O otimismo do setor industrial e do governo está baseado no crescimento do PIB baiano em 2012. Enquanto o Brasil amargou um crescimento de 0,9% no PIB, a Bahia cresceu 3,1%.
Crescimento de renda da população e investimentos em mineração, energia eólica e infraestrutura também  são apontados como fatores que irão impulsionar o PIB baiano nos próximos anos.
*Colaborou Donaldson Gomes

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