Presos fizeram rebelião na terça-feira (24). Quatro detentos ficaram feridos.
Policiamento no Conjunto Penal foi reforçado por equipes do pelotão especial.
Uma rebelião foi realizada por detentos do Presídio de Itabuna, região sul da Bahia, na terça-feira (24). A agitação interna foi iniciada no fim da tarde e, por volta das 23h, já tinha sido controlada, informa um funcionário da unidade prisional, que não quis se identificar.
O diretor do presídio disse que foi grande o estrago no local. Ainda segundo o diretor, o que houve foi um conflito entre grupos de internos que já brigavam antes da prisão e agora têm dificuldades em conviver dentro do Conjunto Penal.
“Os sentenciados tentam ocupar o pátio de sentenciados e eles não aceitam que outrora era diferente e o Estado tem que cumprir a lei, e para isso nós temos que manter já que a Lei de Execução Penal prevê, o Ministério Público da Execução cobra e nós temos que cumprir a lei, que não é aceita pelos internos”, informou o Diretor do Conjunto Penal de Itabuna, Major Gilson Paixão.
Na manhã desta quarta-feira, parentes de alguns presos continuavam na frente do conjunto, em busca de informações.
Segundo a direção do presídio, a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (Seap) está fazendo uma perícia no local para apurar a entrada de armas, assim como os danos causados pela rebelião.
Quatro detentos ficaram feridos durante a rebelião e foram levados para o Hospital de Base de Itabuna pelo Samu. Um deles foi atingido por um tiro no peito, enquanto outros dois receberam alta médica ainda na noite de terça-feira e retornaram para o presídio. Segundo funcionários do hospital, nenhum deles corre risco de morte. Dois deles continuam internados nesta quarta-feira.
O policiamento no presídio foi reforçado por equipes da Companhia Especializada da Região Cacaueira e por PMs do pelotão especial. Na manhã desta quarta-feira (25) o clima era tranquilo no local.
Os familiares dos custodiados falaram dos momentos de tensão durante o conflito. Concentrados na entrada do conjunto penal, parentes buscavam notícias durante a confusão.
"Eles querem matar os filhos da gente aí dentro, ele têm que dar notícia. Ah, tá bem, tá bem, seus filhos estão bem", afirmava Sandra Oliveira, mãe de três detentos.
A mulher de um preso, que prefere não se identificar, chegou a questionar como as armas chegam até os detentos. "Como é que essas armas entram aí, que a gente abaixa sete, oito vezes, até o chão, é revistado em tudo, geral", diz a mulher.
"A gente fica nessa situação, todo mundo aqui fora desesperado, sem saber notícias, tem gente lá dentro machucado, eles não tiram para levar para o hospital. Estão atirando lá dentro, soltando bomba e todo mundo desesperado", disse Edicleide Severo, esposa de um preso.
A agitação interna foi iniciada no fim da tarde de terça-feira e foi controlada por volta das 23h. Funcionários do presídio informam que conseguiram ocupar a unidade antes das 21h. A causa do motim teria sido uma briga entre os dois grupos rivais que atuam dentro do presídio, segundo informações de testemunhas que acompanharam o caso ao lado de fora da unidade.
Os presos de uma ala teriam quebrado o muro que separava os dois grupos e eles começaram a brigar. Os presos usaram pedras, facas e armas durante a confusão. Policiais passaram em cada uma das alas lançando bombas de efeito moral para apaziguar a situação.
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