MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Após rebelião, direção de presídio faz vistoria no Conjunto Penal de Itabuna


Presos fizeram rebelião na terça-feira (24). Quatro detentos ficaram feridos.
Policiamento no Conjunto Penal foi reforçado por equipes do pelotão especial.

Do G1 BA, com informações da TV Santa Cruz

Na manhã desta quarta-feira (25), o clima no Conjunto Penal de Itabuna estava mais tranquilo. Policiais da tropa de choque entraram para fazer uma varredura nas celas à procura de armas, drogas e celulares.
Uma rebelião foi realizada por detentos do Presídio de Itabuna, região sul da Bahia, na terça-feira (24). A agitação interna foi iniciada no fim da tarde e, por volta das 23h, já tinha sido controlada, informa um funcionário da unidade prisional, que não quis se identificar.
O diretor do presídio disse que foi grande o estrago no local. Ainda segundo o diretor, o que houve foi um conflito entre grupos de internos que já brigavam antes da prisão e agora têm dificuldades em conviver dentro do Conjunto Penal.
“Os sentenciados tentam ocupar o pátio de sentenciados e eles não aceitam que outrora era diferente e o Estado tem que cumprir a lei, e para isso nós temos que manter já que a Lei de Execução Penal prevê, o Ministério Público da Execução cobra e nós temos que cumprir a lei, que não é aceita pelos internos”, informou o Diretor do Conjunto Penal de Itabuna, Major Gilson Paixão.
Na manhã desta quarta-feira, parentes de alguns presos continuavam na frente do conjunto, em busca de informações.
Segundo a direção do presídio, a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (Seap) está fazendo uma perícia no local para apurar a entrada de armas, assim como os danos causados pela rebelião.
Quatro detentos ficaram feridos durante a rebelião e foram levados para o Hospital de Base de Itabuna pelo Samu. Um deles foi atingido por um tiro no peito, enquanto outros dois receberam alta médica ainda na noite de terça-feira e retornaram para o presídio. Segundo funcionários do hospital, nenhum deles corre risco de morte. Dois deles continuam internados nesta quarta-feira.
O policiamento no presídio foi reforçado por equipes da Companhia Especializada da Região Cacaueira e por PMs do pelotão especial. Na manhã desta quarta-feira (25) o clima era tranquilo no local.
Parentes
Os familiares dos custodiados falaram dos momentos de tensão durante o conflito. Concentrados na entrada do conjunto penal, parentes buscavam notícias durante a confusão.
"Eles querem matar os filhos da gente aí dentro, ele têm que dar notícia. Ah, tá bem, tá bem, seus filhos estão bem", afirmava Sandra Oliveira, mãe de três detentos.
A mulher de um preso, que prefere não se identificar, chegou a questionar como as armas chegam até os detentos. "Como é que essas armas entram aí, que a gente abaixa sete, oito vezes, até o chão, é revistado em tudo, geral", diz a mulher.
"A gente fica nessa situação, todo mundo aqui fora desesperado, sem saber notícias, tem gente lá dentro machucado, eles não tiram para levar para o hospital. Estão atirando lá dentro, soltando bomba e todo mundo desesperado", disse Edicleide Severo, esposa de um preso.
Rebelião
A agitação interna foi iniciada no fim da tarde de terça-feira e foi controlada por volta das 23h.  Funcionários do presídio informam que conseguiram ocupar a unidade antes das 21h. A causa do motim teria sido uma briga entre os dois grupos rivais que atuam dentro do presídio, segundo informações de testemunhas que acompanharam o caso ao lado de fora da unidade.
Os presos de uma ala teriam quebrado o muro que separava os dois grupos e eles começaram a brigar. Os presos usaram pedras, facas e armas durante a confusão. Policiais passaram em cada uma das alas lançando bombas de efeito moral para apaziguar a situação.

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